ATENÇÃO
Quando no recebimento, resposta e publicação desta mensagem eu ainda possuia a informação de que os argumentos eram de Frank de Souza Mangabeira, que só posteriormente viria a me confessar que os mesmos já eram da Dr. Márcia, o que resulta em uma pequena confusão com relação a quem era de fato meu interlocutor dado minha preferência em não alterar minhas respostas originais.Marcus Valerio XR
COMENTÁRIOS DA Dra MÁRCIA OLIVEIRA SOBRE AS:
Após nosso último debate, Frank de Souza Mangabeira consultou uma Dra
em Microbiologia que se dedicou a abordar alguns de meus argumentos. Fico muito grato e honrado
pela participação de ambos, Frank e da Dra Márcia, embora não possa negar que lamento que Frank
tenha decidido se ausentar da discussão, ainda que tenha declarado endossar os comentários
da Doutora.
Na condição de mero Filósofo e amante das questões biológicas sem especialização no assunto,
não estou em plenas condições de discutir detalhes de microbiologia com uma cientista, mas isso
não interfere no objetivo maior deste debate, que é a minha proposição em demonstrar que o
Criacionismo não consegue, sob o paradigma de uma Terra Jovem e um Dilúvio Universal, explicar
a simples distribuição das espécies ao redor do globo cientificamente, mas sim apenas apelando
para o sobrenatural, o que o desqualifica como Ciência.
Além disso embora a Dra Márcia demonstre conhecimento específico em sua área, nas questões
mais gerais a discussão ainda está plenamente acessível ao público leigo, de modo a ser
aproveitável a qualquer um que se interesse pelo assunto.
Para tornar a leitura do texto compreensível, decido estabelecer uma diferenciação visual
do texto. O conteúdo exclusivo do debate anterior estará em corpo de texto menor e em tabelas,
os comentários da Dra Márcia estarão como eu seu original, em VERMELHO
e meus comentários atuais como sempre, no caso de fundo branco, em VERDE. Marcus Valerio XR
QUESTÕES SIMPLES QUE O CRIACIONISMO NÃO RESPONDE
Debatidas entre
Frank de Souza Mangabeira
e
Marcus Valerio XR
FRANK:Prezado Marcus: Criacionismo e Evolucionismo debatem-se com dificuldades, na tentativa de desvendar fatos relacionados com a história passada de nosso planeta. Ambos os modelos, em alguns aspectos não apresentam respostas esclarecedoras. Os esclarecimentos ficam na base de hipóteses. Por exemplo: o criacionismo tem dificuldade em explicar alguns pontos relacionados com a formação da coluna geológica durante o dilúvio. XR:Sendo generoso com o Criacionismo... Até aqui tudo bem. FRANK:Tem também certa dificuldade em explicar os padrões de migração dos vertebrados terrestres da arca para alguns dos continentes. XR:Que é o nosso tema. FRANK:O evolucionismo, por sua vez, não tem a menor explicação para a origem da vida e para o aumento da complexidade nos seres vivos (já está muito claro que mutação e seleção natural não podem fazer isso). XR:Não deveríamos discutir o Evolucionismo aqui, esse texto trata das respostas criacionistas a certas questões, mesmo assim o EVOLUCIONISMO não só tem como É a Explicação para o aumento da complexidade nos seres vivos, assim como também apresenta explicações para a origem da vida primitiva, embora nesse caso de fato fuja um pouco de sua área. |
Eu acho que temos que discutir o evolucionismo aqui, sim. Afinal, se eu aceito o criacionismo, não é apenas devido a um de seus aspectos, por exemplo, o dilúvio, que estamos discutindo, mas porque ele consegue explicar muito melhor vários pontos que o evolucionismo não consegue. Com relação ao aumento da complexidade nos seres vivos, vou deixar para discutir no final do texto, quando você volta a abordar o assunto. Com relação à origem da vida primitiva, a teoria da evolução não tem a MENOR explicação para ela, embora haja muitos anos que diversos pesquisadores tenham trabalhado no assunto. Essa não é apenas a minha opinião, mas a de diversos estudiosos do assunto. Veja, por exemplo, o livro publicado recentemente, "Biologia Molecular e Evolução", editado por Sérgio Russo Matioli. O primeiro capítulo, escrito por Carlos Frederico Menck, é denominado: "Origem da vida: um tempo curto para uma experiência bem sucedida". O próprio título do capítulo já revela o seu conteúdo: muitas conjecturas, nenhuma resposta. Esse caso não foge nem um pouco de minha área, pois sou bióloga e tenho doutorado em microbiologia. Uma bactéria muito "simples", como a Escherichia coli, sintetiza cerca de 4000 proteínas. Até hoje não se conseguiu obter a síntese de uma única molécula de proteína sob as supostas condições da terra primitiva. E nem uma molécula de DNA, que na célula é a molécula encarregada da produção das proteínas. Lipídeos, da mesma forma. Mas mesmo que se conseguisse juntar nucleotídeos para formar moléculas de DNA ou aminoácidos para formar proteínas, isso não resolveria o problema, já que moléculas funcionais necessitam ter uma seqüência precisa para que possam ter alguma função. Cálculos matemáticos mostram a impossibilidade de essa seqüência precisa ser obtida.
Antes de tudo, quero agradecer a Dra Márcia por colaborar nesta
discussão. A presença de uma cientista criacionista é muito bem vinda e enriquecedora. É
certo que como não cientista, não estou em condições de contra argumentar em pontos muito
específicos, que ademais não são interesse do público alvo destes debates, compostos
principalmente por não cientistas que não poderiam acompanhar os detalhes de tais questões.
Mesmo assim, no que se refere ao geral, me sinto plenamente capacitado para corresponder
aos argumentos da Dra Márcia.
Bom. O primeiro ponto é que insisto que neste texto, especificamente, o que está em jogo
é o modo como o Criacionismo responde a certas questões simples, e não como o Evolucionismo
responde a questões mais complexas. Numa linguagem mais simples, eu fiz algumas perguntas e
espero algumas respostas de teor similar, e não explanações sobre outros problemas. Explicar
que o Evolucionismo não tenha tal ou qual resposta para tal ou qual problema, simplesmente
não responde as questões que coloquei.
Dessa forma esse comentário me parece, com todo respeito, uma simples fuga do assunto,
comum quando a pessoa indagada se perde no raciocínio ou deliberadamente se recusa a responder
mas não o quer assumir, preferindo desviar a discussão.
Com relação a Origem da Vida, não é exatamente o Evolucionismo que propõe respostas, mas sim
a ABIOGÊNESE, através de teorias e experimentos parcialmente bem sucedidos e que constituem
sim em explicações. Algumas destas podem ser localizadas facilmente nos links evolucionistas e
racionalistas que disponibilizei na Página principal,
EVOLUÇÃO X CRIAÇÃO.
Não conheço a obra citada pela Doutora Márcia, e gostaria de requisitar antes de tudo se
a orientação de cada autor citado é Criacionista. Mas de qualquer modo foi feito apenas um
comentário e apresentado um trecho da obra, e dessa forma tal informação não possui muito
valor na discussão.
Quanto a afirmação de que nunca se conseguiu obter a produção de uma única molécula de
proteína em laboratório, prefiro verificar posteriormente textos específicos sobre o assunto.
Sei que foram obtidos aminoácidos e que de fato não foi conseguida uma molécula de DNA, mas
este, volto a dizer, é assunto principalmente da Abiogênese, que não é alvo desta discussão.
Por fim, a última frase, apesar do aparente erro de digitação, sintetiza um argumento muito
comum dos críticos da abiogênese, de que ela é matematicamente impossível. Também não é
assunto desta discussão, mas gostaria de comentar que não posso concordar com a afirmação
de que uma probabilidade, por mais ínfima que seja, seja equivalente a impossível. Não importa
o valor, qualquer número por mais extremo que seja é infinitamente maior do que Zero, e
menor que Infinito. Além disso esses comentários costumam limitar o horizonte de probabilidade
apenas à terra primitiva, mas devemos lembrar que podem haver virtualmente infinitos outros
planetas no Universo em condições similares, o que aumenta indefinidamente a probabilidade.
Se a vida por acaso não tivesse surgido em nosso mundo mas sim num outro extremo do Universo,
nesse exato momento poderíamos estar lá, questionando por que a vida surgiu justamente naquele
nosso pequeno reduto de uma Galáxia.
Terminada essa breve introdução, passemos agora ao que foi desenvolvido nas discussões
anteriores.
FRANK:O evolucionismo também não tem a menor explicação para a Explosão Cambriana (surgimento de praticamente todos os filos de animais no período Cambriano, e não existem ancestrais destes animais no Pré-cambriano) que é bem melhor explicada pelo modelo criacionista através do dilúvio (os organismos da Explosão Cambriana foram os primeiros a serem soterrados durante o dilúvio mundial). XR:Mas é claro que tem! E até muito simples! Não existem evidências de espécies anteriores simplesmente porque estes foram os primeiros animais vertebrados, passíveis de deixar fósseis. A linha de pensamento evolutiva que melhor aborda esse tema é o Pontuacionismo, que examina os aparentes "saltos" da evolução. Mas não é esse o nosso assunto. |
A sua colocação aqui está completamente equivocada, de acordo com paleontólogos e autores evolucionistas. No Pré-Cambriano inexistem fósseis de qualquer tipo animal. Os únicos fósseis presentes são os de prováveis bactérias, cianobactérias e algas.
E bactérias não são um tipo de animal?
Os primeiros animais do
Cambriano NÃO ERAM VERTEBRADOS como você coloca, mas sim invertebrados que possuíam partes
duras, como carapaças e conchas (como trilobitas, braquiópodes e alguns equinodermas). Mesmo
que os ancestrais dos animais do Cambriano não possuíssem partes duras, eles deveriam ter
deixado fósseis de pistas, pegadas, perfurações, tubos e outros indícios de presença de
animais (denominados icnofósseis).
Está bem. Corrigindo: Foram os primeiros animais com partes duras
(quase vertebrados), passíveis de deixar fósseis. Os icnofósseis não são tão marcantes quanto
o são os fósseis de partes do corpo propriamente dito. Principalmente por que quanto menor e
mais leve o animal menor é sua possibilidade de deixar uma marca perceptível no ambiente,
principalmente se ele não possuir partes duras. Com uma ligeira alteração de termos, mantenho
o teor de meu argumento.
Além disso, o registro fóssil é rico em impressões deixadas
por animais de corpo mole. Só que no Pré-Cambriano não se encontra nada disso, absolutamente.
Exceto no finalzinho do Pré-Cambriano (Vendiano, onde começam a aparecer os icnofósseis). E,
em certos locais, como no Grand Canyon, as camadas do Cambriano e do Pré-Cambriano são muito
parecidas, exceto pelo fato de o Cambriano ser rico em fósseis e estes serem absolutamente
ausentes no Pré-Cambriano.
Devo pedir um maior cuidado com o uso de termos, se no finalzinho do
pré-cambriano se encontra algo, como então nesse mesmo período "não se encontra nada disso,
absolutamente"?
Mais uma vez mantenho o argumento. O explosão pré cambriana pode ser explicada por que seus
animais eram mais passíveis de deixar fósseis. Calcula-se que animais tão complexos como os trilobitas, que são
artrópodes, devem ter levado pelo menos 1 bilhão de anos para evoluírem a partir de seres
unicelulares. Mas aparecem perfeitamente bem formados no início do Cambriano, sem qualquer
indício de ancestral no Pré-Cambriano.
Tentei buscar uma analogia melhor para ilustrar meu raciocínio, mas
só consegui como bom exemplo algo um tanto macabro. Peço desculpas por isso.
Imagine que nos fundos de uma clínica de aborto haja um cemitério de bebês. Depois de muito
tempo uma escavação começa a encontrar os cadáveres. Supondo que lá tenham sido lançados fetos
das mais diversas idades em quantidades equivalentes, o que se notará é que se encontrarão
em muito maior quantidade aqueles de mais de 4 meses de gestados, em quantidade menor os entre
dois e 3 meses e dificilmente se encontrará algum com menos do que isso. Será praticamente
impossível encontrar um embrião de poucos dias, pois quanto mais jovem, menor e mais sutis
são suas estruturas físicas e portanto menor a possibilidade de deixar vestígios.
Sendo assim, isso permitiria concluir que ali só foram lançados fetos a partir de certa idade?
Ou que bebês se formam abruptamente a partir dos 2 ou 3 meses? Você pode consultar vários textos de autores evolucionistas que falam sobre este assunto:
McALESTER, A. L. História geológica da vida. São Paulo, Editora Edgard Blücher, 1971. Pags. 70 e 71.
MENDES, J. C. Paleontologia básica. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 1988. Pags 176 a 178.
FUTUYMA, D. Biologia evolutiva. 2a ed. Ribeirão Preto, Sociedade Brasileira de Genética, 1993. Pags. 343 a 345.
MOODY, P. A. Introdução à evolução. Rio de Janeiro, Editora Universidade de Brasília, 1975. Pags 124 a 126.
Veja, por exemplo, a citação de Futuyama: "A rápida origem dos filos animais, que
transcorreu manifestamente nos 100 milhões de anos dentre as faunas de Ediacara e do Folhelho
Burgess, tem sido considerada um dos grandes problemas da evolução". Atualmente este período
para a origem dos filos cambrianos foi revisto para 10 milhões de anos (Ver BEHE, M. A Caixa
Preta de Darwin. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1997. Pág. 36)
Sem dúvida é um dos grandes problemas da evolução, e o que quis
fazer aqui, confesso antes não ter sido claro, é que se o problema ainda não foi solucionado,
não é porque não se pode conceber uma solução, ou que ela não exista. É apenas um problema a
ser resolvido e no qual aposto que a resposta esteja num raciocínio similar ao que fiz, que
faz algum sentido. Sentido que não haveria se decidíssemos a partir daí, simplesmente supor
que eles surgiram por milagre.
Com relação ao "Pontuacionismo", o nome correto da teoria é Pontuísmo ou Equilíbrio Pontuado.
Basta consultar qualquer livro de evolução para verificar que essa teoria até consegue explicar
a origem de novas espécies de forma muito rápida, sem deixar formas de transição. Mas, em
relação à origem de grupos maiores, como famílias, ordens, classes e filos, ela é totalmente
inadequada.
Tenho visto o termo "Pontuacionismo" com frequência, principalmente
nos livros de Richard Dawkins embora ele possa ser suspeito por ser um opositor intelectual
de Stephen Jay Gould, autor do Equilíbrio Pontuado. Concordo com o restante de seu comentário.
Por fim, creio que esse comentário foi outro desvio do assunto específico do texto.
Quase me arrependo de não ter sido mais rígido com o Frank e ter me
recusado a comentar tal item, insistindo nas perguntas principais do texto.
Apesar de bem vindos, os comentários da doutora Márcia, a meu ver, foram apenas um
aprofundamento da questão, mas sem alterar seu quadro geral. Quase um nota de pé de página eu
diria. Mas de qualquer modo devo agradecer a oportunidade de me explicar melhor, pois de fato,
por estar me dirigindo ao público leigo, acabei me expressando de forma demasiadamente simplista.
XR:COMO OS ANIMAIS ESPECÍFICOS DE CADA REGIÃO FORAM CHEGAR ATÉ LÁ? FRANK:Não sabemos, mas parece provável que os animais foram dirigidos de forma sobrenatural para ir para a arca, e de novo para se dispersar a partir da arca. Isto pode ter sido obtido pela implantação de um impulso instintivo para migrar. Alguns podem objetar sobre a invocação de atividade sobrenatural, mas esta é inerente em toda a história do dilúvio. Atividades sobrenaturais não implicam necessariamente em violação de leis naturais. XR:Frank começa excelentemente! Admitindo logo de cara que o Criacionismo não pode responder tal pergunta a não ser com hipóteses sobrenaturais, que como o próprio nome diz, estão além da natureza, e nesse caso constituem SIM violações das Leis Naturais. |
Como criacionista, eu acredito em Deus e não vejo nenhum problema em aceitar explicações sobrenaturais para algumas coisas. Eu não estou, como os evolucionistas, obrigada a explicar tudo com base em causas naturais.
Como criacionista, pode-se acreditar no que quiser e estiver de acordo
com a revelação bíblica. Como Evolucionista, pode crer em tudo o que esteja de acordo com o
raciocínio geral da evolução, mas como CIENTISTA, não se pode aceitar explicações
sobrenaturais, pelo simples fato de que nenhum fenômeno sobre natural foi até hoje comprovado.
Tenho certeza de que os títulos da Dra Márcia não foram obtidos com teses que incluíam
hipóteses sobrenaturais.
Esse comentário foi uma confissão inequívoca e franca de que o Criacionismo não está
comprometido com a Ciência, pois "não está obrigado a explicar tudo com base em causas
naturais".
FRANK:Você pode observar que as ilhas contêm uma variedade muito menor de seres vivos que os continentes, principalmente as ilhas oceânicas (aquelas que estão distantes de qualquer continente). Isso ocorre porque os animais tem dificuldade de migrar até elas, principalmente os mamíferos, que são os que têm maior dificuldade de dispersão pela água. Mas a migração através dos continentes é muito mais fácil, principalmente porque a maioria dos continentes estiveram pelo menos parcialmente ligados no passado. A partir do local onde os animais saíram da arca, eles se dispersaram para os outros continentes. XR:Com a exceção da última frase, tudo isso é trivialmente observado pelos cientistas, dos quais
um dos primeiros a promover uma pesquisa sistemática foi o próprio Darwin. Até agora, não disse nada, além de armar para
si próprio uma terrível armadilha, que é a de tentar conciliar a Deriva Continental com o Criacionismo de Terra Jovem, o
que terá um péssimo resultado mais adiante.
Portanto, a primeira pergunta ficou sem resposta. Passemos a segunda. |
Na sua opinião!
Na minha opinião, na do método científico, da comunidade científica
e nas regras deste debate, que são exigir do Criacionismo respostas CIENTÍFICAS! Sem apelação
a milagres. Nesse sentido a pergunta NÃO FOI RESPONDIDA!
XR:COMO AS MILHÕES DE ESPÉCIES VEGETAIS DE CADA REGIÃO DO MUNDO SOBREVIVERAM AO DILÚVIO? HAVIA NA ARCA DE NOÉ EXEMPLARES DE VEGETAIS DE TODAS AS PARTES DO PLANETA? FRANK:Noé levou sementes de muitos vegetais para dentro da arca. Porém, muitas plantas devem ter sobrevivido ao dilúvio fora da arca. A Bíblia relata que uma pomba libertada por Noé trouxe para ele uma folha de oliveira muito antes que ele tivesse deixado a arca e feito uma plantação de oliveiras. Sementes de vegetais podem ser preservadas por longos períodos dentro da água. Além disso, partes de diversos vegetais podem ter flutuado, na forma de jangadas naturais, e podem ter brotado quando as águas baixaram (muitos vegetais se reproduzem assexuadamente por brotos, sem necessitar de sementes). XR:A primeira afirmação é uma mera especulação sobre o mito de Noé que não tem sequer base bíblica. |
O que você quer dizer sobre o "mito" de Noé não ter base bíblica?
Nada. Eu não disse isso.
A história de Noé está descrita no livro de Gênesis da Bíblia!
!?!?!? Você acha que eu não saberia disso ?!?!
Ou será que o que você quer dizer é o fato de Noé ter levado sementes para a arca não tem base bíblica?
Foi tão difíicl entender isso da afirmação?!
Bom, acredito que Noé e sua família devem ter se alimentado também de sementes durante o período em que estiveram na arca (arroz, feijão, milho, cevada e outras). Por que também não poderia ter levado outros tipos de sementes?
Muito provavelmente ele teria levado, mas na Bíblia não há nenhuma
passagem que suporte a idéia de que Noé apresentou qualquer preocupação com um transporte
mais organizado de vegetais como o que teve com animais. Não há uma citação do tipo
"Levais uma semente de cada espécie vegetal"!
XR:É verdade que há vegetais que podem sobreviver longos períodos abaixo da água, mas como qualquer experiência de fundo de quintal pode demonstrar, não é o caso da maioria. |
Você tem alguma referência bibliográfica desse tipo de experiências de fundo de quintal? Enquanto não tivermos estas referências, fica difícil afirmar alguma coisa.
...Bem. Não creio que experiências simplórias de fundo de quintal
necessitem de referências. Não necessito da comunidade científica ou de publicações
especializadas para saber que a quase totalidade dos vegetais não aquáticos que conhecemos
não sobrevive quando submersos por longos períodos em água.
Posso afirmar isso categoricamente. Quem quiser basta reproduzir a experiência em sua
própria casa. Pegue qualquer vegetal e o deixe submerso num recipiente cheio de água por
alguns dias e veja o que acontece.
XR:A idéia das jangadas naturais é ótima, e poderia de fato fornecer uma explicação parcial. |
Que bom que você gostou de alguma coisa, pelo menos.
XR:Porém lembremos que os próprios criacionistas insistem num dilúvio global que cobriu toda e qualquer forma de terra, até mesmo as montanhas. Devido ao equilíbrio hidrodinâmico, a altura da água teria que ser maior que o Monte Everest! Ou seja, mais de 8 km! Ou pelo menos do tamanho das mais altas planícies da Terra, 4 km. |
Não havia montanhas altas como o Everest, antes do dilúvio. Durante o dilúvio, a área onde está agora o Monte Everest era uma bacia na qual sedimentos estavam se acumulando. Isto é mostrado pela presença de fósseis marinhos no Monte Everest. Após o soterramento dos fósseis, atividades catastróficas elevaram os sedimentos a uma altura bem acima de sua posição anterior, formando as montanhas do Himalaia. A maioria das montanhas atuais pode ter se formado de maneira semelhante, durante o dilúvio ou logo após.
Qualquer bibliografia básica sobre geologia diz que o Monte Everest
tem cerca de 60 milhões de anos. Digitando-se "monte everest" e "60 milhões" em qualquer site
de busca pode-se acessar várias páginas de ciência sobre isso.
Essa afirmação sobre o Himalaia ter sido uma bacia rasa há menos de 4 mil anos só poderia
partir mesmo de Criacionistas, indo contra todo o conhecimento geológico estabelecido.
Propor que o monte Everest tenha aumentado milhares de kms de altura em menos de 6 mil anos,
é tão vazio quanto inconsistente. Vamos supor então que tenha subido um km por ano. O Himalaia
não é tão desabitado assim para que ninguém tenha percebido suas montanhas crescendo
praticamente a olhos vistos. Além do que o mesmo Himalaia tem sido historicamente uma barreria
natural que determina a geopolítica da região há milhares de anos, portanto podemos supor que
ele cresceu numa velocidade muito mais rápida, talvez uns 5km em menos de mil anos.
Onde podemos verificar isso? Onde alguém já viu uma montanha não vulcânica crescer a
qualquer velocidade notável? Em nenhum lugar, assim como não há qualquer evidência de que o
mesmo tenha ocorrido em qualquer época. Portanto temos aqui mais um milagre.
E por fim, a presença de fósseis marinhos no Himalaia prova apenas que em alguma época ele
já esteve submerso, em alguma época milhões ou bilhões de anos atrás.
XR:Mesmo que fosse só Mil Km,(...) |
O que você quer dizer com mil Km? Seriam mil metros?
Opa! Desculpe. Sim, quis dizer Mil Metros, ou Um Km.
XR:(...)o que não cobriria nem o Planalto Central brasileiro onde vivo, a variação de pressão atmosférica e temperatura seria mais do que suficiente para matar qualquer vegetal acostumado a viver ao nível do mar, mesmo que as tais jangadas naturais pudessem fornecer terra e água doce por 40 dias, isso sem falar na ausência de Sol e da chuva constante, capazes de matar muitos vegetais mesmo em condições não diluvianas. |
Não sabemos a que altura as águas do dilúvio chegaram. Provavelmente, não devem ter se elevado muito porque, como já referido acima, a superfície da terra deveria ser bastante plana. Portanto, não deve ter havido grandes mudanças em temperatura e pressão que levassem à morte de plantas flutuantes. Além disso, sementes são bastante resistentes a essas alterações e as jangadas poderiam conter também frutos e sementes.
Como eu sempre digo, enquanto o Evolucionismo tem pontos obscuros,
o Criacionismo não tem nenhum ponto claro! Aliás não tem ponto algum a não ser algumas críticas
contra o Evolucionismo levantadas pelos próprios evolucionistas.
Bem. Considerando que o Monte Ararat, onde a Arca de Noé teria encalhado, está a cerca de
Dois mil metros de altitude, podemos supor que as águas do dilúvio teriam atingido ao menos
isso, ou teríamos mais uma montanha crescendo vertiginosamente, e nesse caso eu estranharia
muito que um fenômeno tão notável não tivesse sido percebido pelos antigos, além de
absolutamente omitido na Bíblia.
Me corrigindo, a inundação diluviana teria durado na verdade 150 dias para começar a
baixar. Com esses novos dados, teríamos que admitir segundo a doutora que várias espécies
vegetais sobreviveram a quase meio ano submersas sob dois kms de água, ou flutuando em jangadas
naturais.
Não é preciso ser botânico para perceber problemas graves nessa proposição. Acho que só
mesmo um milagre.
XR:Portanto essa especulação é um tremendo chute! Essa reposta não me pareceu nada convincente, mas serei generoso e considerarei a idéia das jangadas naturais, o que daria uns 25% de valor a resposta. |
Gostaria de saber em que está baseado o seu cálculo de 25%!
Após um futebolístico festival de chutes intelectuais, também me sinto
no direito de chutar essa porcentagem. É algo arbitrário (se bem que o Juiz não chuta). Nada sério.
XR:COMO AS MILHÕES DE ESPÉCIES DE ARTRÓPODOS SOBREVIVERAM AO DILÚVIO? HAVIA NA ARCA UMA SEÇÃO COM MILHÕES DE COMPARTIMENTOS PARA "CASAIS" DE INSETOS, ARACNÍDEOS, CRUSTÁCEOS E SIMILARES? FRANK:Muitas espécies de organismos sobreviveram ao dilúvio fora da água e aqui podem ser incluídos grande número de artrópodes. A maioria dos crustáceos são aquáticos. Muitos dos insetos têm fases de larva e/ou pupa que também são aquáticas. Os ovos de aranhas e da maioria dos insetos podem sobreviver dentro da água. Muitos desses ovos poderiam também ter sobrevivido em cima de plantas flutuantes, como citado acima. XR:E como citado acima, tudo não passa de um tremendo palpite. Existem inúmeras espécies de artrópodes
cujas larvas ou ovos morreriam na água. Mesmo que sobrevivessem inclusive à variação de temperatura e pressão (acima de mil
metros por exemplo não existem aranhas caranguejeiras), enfrentariam problemas de sobrevivência drástico após o Dilúvio,
como o texto tenta explicar a seguir.
Ah!!! Só para lembrar, ainda que interessante, essa idéia das jangadas naturais vai contra a Bíblia.
"Assim foram exterminadas todas as criaturas que havia sobre a face da terra, tanto o
homem como o gado, o réptil, e as aves do céu; todos foram exterminados da terra; ficou
somente Noé, e os que com ele estavam na arca." (Gn 7:23) |
Esse texto se refere aos quadrúpedes terrestres, como está citado mais adiante: gado, réptil e às aves do céu. Ele não se refere a insetos, aranhas e outros invertebrados. Também não há nenhuma referência às criaturas aquáticas que sobreviveram nas águas. Obviamente Noé não levou nenhum peixe dentro da arca!
Falaremos sobre peixes mais adiante, por hora quero comentar meu
desagrado com o fato de que muitos apologistas bíblicos não conhecerem devidamente a própria obra
em que se inspiram. Eu não creio na divindade da Bíblia, mas a estudo com alguma dedicação e
confesso gostar de boa parte. Acho que os cristãos deveriam fazer o mesmo.
Citei uma passagem Bíblica com as referências, no caso GÊNESIS Capítulo 7 Versículo 23,
mas no fundo sempre espero que um investigador cauteloso não deixe de ler também outros
versículos do mesmo capítulo, de preferência o capítulo inteiro e talvez alguns anteriores e
posteriores para melhor se situar.
Nesse caso, pode-se observar que no mesmo Capítulo 7 da GÊNESE temos:
"4 Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites, e exterminarei da
face da terra todas as criaturas que fiz."
"22 Tudo o que tinha fôlego do espírito de vida em suas narinas, tudo o que havia na terra seca, morreu."
Sinceramente não creio que "Todas as Criaturas" ou "Tudo o que tenha Espírito de Vida" exclua qualquer ser Vivo.
É evidente que há uma linguagem simplificada ou simbólica na Bíblia, e que dá margem a mais de
uma interpretação, mas se podemos distorcer o sentido do texto a ponto de afirmar que não está
sendo dito que tudo o que estava fora da arca e que vivia em terra morreu, então porque também
não podemos concordar com os relativistas bíblicos que dizem que o dilúvio não foi Universal?
Mas sim que apenas cobriu "todo o mundo conhecido pelos homens na época"?
Também devo acusar outra distração cometida pela doutora, aves e cobras (répteis)
não são quadrúpedes! Portanto a palavra criatura é bastante abrangente.
Além do mais está dito "Tudo o que havia na terra seca morreu"! Ou seja, a própria Bíblia
está declarando aquilo que eu tenho tentado demonstrar, que nenhum ser vivo teria sobrevivido a
inundação fora da Arca, salvo os aquáticos. Pois os que estavam em terra seca foram submersos,
e mesmo que tenham flutuado em jangadas, estas podem muito bem ser consideradas pedaços de
terra seca.
É por isso que tirei metade do valor desta resposta pelo simples fato de ser anti bíblica.
E depois pelo fato de ainda não ser uma explicação suficiente. Acho que 25% está razoável.
FRANK:A maioria dos criacionistas não acredita que todas as espécies de organismos que existem hoje já existiam na época do dilúvio. Muitas dessas espécies (e até gêneros) poderiam ter surgido após o dilúvio. Leonard Brand (Brand. L. Faith, Reason and Eart History. Berrien Springs, Andrews University Press, 1997, p 198 e 199) afirma que: " Após o dilúvio, as condições eram ideais para uma rápida especiação. A terra estava bastante vazia com muitos nichos ecológicos a serem preenchidos. Além disso, antes do desenvolvimento de ecossistemas maduros e balanceados, a dinâmica de populações seria instável, o que favoreceria a especiação. Mudanças geológicas e ambientais rápidas que ocorreram após o dilúvio favoreceriam a separação dos organismos em populações isoladas, facilitando a especiação". XR:VIVA!!! Nada como a confrontação racional dos fatos para demonstrar que é impossível compreender a existência dos seres vivos sem a Evolução! Esta explicação foi TOTALMENTE evolucionista, falando em "Especiação", um dos conceitos centrais do Darwinismo! |
Depende do sentido em que você está usando a palavra evolução. Uma das definições do termo evolução é: "Mudanças nas frequências gênicas e genotípicas das populações" e eu aceito plenamente essa idéia. Este tipo de evolução pode ser constatado nas populações naturais e eu não vejo nenhum problema com ele. Eu e vários outros criacionistas aceitamos a Microevolução (processos que levam à origem de novas raças e até novas espécies). Aceitamos até parcialmente a Macroevolução, no que concerne à origem de novos gêneros.
É por isso que tentarei de agora em diante, tentar extrair logo no
início da discussão com um criacionista, sua posição mais precisa sobre a Evolução, pois as
divergências entre os mesmos são imensas.
As alas mais conservadoras de fato não tem chances de serem levadas a sério, os criacionistas
que se dizem científicos por outro lado não podem ser conservadores, e tem que fazer mais e mais
concessões ao Evolucionismo.
Temos então um avanço, pois até o pensamento Criacionista evolui! Eu só queria
saber até quando eles continuarão recuando, admitindo cada vez mais várias partes da evolução
a medida que o conhecimento científico progride e mais e mais evidências cada vez mais fortes
vão sendo acumuladas.
O que nós não aceitamos é a origem de novos órgãos e outras estruturas por evolução. Nem o aumento de complexidade durante a evolução. Por exemplo, algo como um invertebrado ter evoluído e originado um peixe.
E é sensato não aceitar. Eu também gostaria muito de saber quem foi
que propôs tal idéia. Pois o pensamento evolucionista jamais disse que um invertebrado se tornou
um peixe, mas sim que entre um peixe e um invertebrado, há milhares ou milhões de estágios
sucessivos de espécies intermediárias nos mais variados graus de evolução, surgindo lentamente
através de "Mudanças nas frequências gênicas e genotípicas das populações", o que pode ser constatado
nas populações naturais, por meio de processos que levam à origem de novas raças e até novas espécies, e mesmo
a origem de novos gêneros.
Posso dizer exatamente qual é a pitada que falta para se admitir a Evolução por completo, uma Terra Antiga! O que
forneceria tempo para o processo ocorrer.
Corrigindo: especiação não é um dos conceitos centrais do Darwinismo, mas sim do Neodarwinismo. Você precisa de ler mais sobre evolução!
E você precisa se concentrar mais na qualidade da argumentação e parar
de implicar com detalhes. Pode-se ver o termo Darwinismo sendo largamente usado no meio
científico dispensando o "Neo", pois nenhum cientista atualmente defende o darwinismo antigo.
E mesmo assim, "Especiação" é sim um conceito do antigo darwinismo, ou que espécie de Teoria
de Evolução seria essa se não propor o surgimento de novas espécies a partir de outras?
XR:Logo na segunda frase afirma-se que essas Espécies
(e Gêneros) teriam surgido após o Dilúvio! Pronto!
Surgiram como?! EVOLUÇÃO! Ou então por outra Criação Divina, o que não tem base nem Bíblica!
Por fim, a resposta foi quase correta, mas foi uma resposta evolucionista, e eu queria uma resposta criacionista.
Portanto, a Terceira Pergunta também não foi respondida. |
Eu não disse que as espécies e gêneros surgiram após o dilúvio. O que eu disse é que algumas espécies e até alguns gêneros poderiam ter surgido após o dilúvio.
Eu!?!? Quer dizer... VOCÊ não disse?!?! Mas quem teria dito isso foi o FRANK!!!
É bem mais fácil aceitar que as espécies criadas por Deus podem ter se diferenciado após a criação e após o dilúvio do que aceitar que estas espécies surgiram de ancestrais do tipo de bactérias, após bilhões de anos de evolução.
Só se for mais "fácil" no sentido de mais cômodo, pois de fato crer cegamente em lendas é bem mais "fácil" em termos de racionalidade do que investigar a natureza através de sistemáticas complexas e elaborar teorias cuidadosas.
Além disso, experimentos com animais domésticos mostram que eles apresentam um potencial para variação, mas esta variação é limitada (e não infinita, como postula a teoria de evolução).
Não creio que o Evolucionismo postule um potencial infinito para
a variação, e esses experimentos carecem de um pequeno detalhe, Tempo! Seria necessário
períodos de muitos milhares de anos para que a variação ultrapassasse os limites do
notável em termos de especiação.
XR:COMO SOBREVIVERAM OS ANIMAIS AQUÁTICOS DE ÁGUA DOCE? FRANK:Não sabemos como eram os ecossistemas antes do dilúvio. Não sabemos nem mesmo como era a salinidade dos oceanos e como a água doce vinda das chuvas e de depósitos subterrâneos, durante o dilúvio, alterou esta salinidade. Os criacionistas acreditam que uma boa parte dos animais aquáticos não conseguiram sobreviver a estas mudanças de salinidade da água e se extinguiram, formando os depósitos de fósseis correspondentes principalmente ao Paleozóico e Mesozóico. XR:Dessa vez nem tentou responder a pergunta! Eu não quis saber qual a explicação criacionista sobre os fósseis mencionados. Quis saber apenas COMO SOBREVIVERAM OS ANIMAIS DE ÁGUA DOCE! |
Você sabia que mais de 95% das espécies que já viveram neste planeta se extiguiram?
Já ouvi falar.
A maioria delas por não se adaptarem às condições que existiram durante e após o dilúvio.
Isso na sua opinião, pois na da comunidade científica elas se extinguiram por diversos outros fatores, inclusive as variações ambientais, a medida que foram evoluindo para outras.
Dentre elas, encontram-se milhares de espécies de peixes extintas (um grande número no final do Permiano, segundo a cronologia geológica) que provavelmente não conseguiram se adaptar a alterações na salinidade da água. Atualmente existem diversas espécies de peixes que conseguem se adaptar tanto ao ambiente marinho quanto ao de água doce. Como exemplo, temos o salmão. Já uma espécie muito próxima ao salmão, a truta (da mesma família) só vive em água doce. Portanto, espécies muito parecidas podem apresentar diferente tolerância à salinidade da água. Pode ser que as espécies que viveram antes do dilúvio fossem mais adaptadas do que as atuais em relação à mudanças na salinidade.
Outra suposição vaga, para tentar superar a dificuldade.
Teríamos então que supor que logo após o dilúvio, milhares de espécies rapidamente evoluíram
no sentido de não mais se tornarem adaptáveis a tais variaçãoes, ou seja, em menos de
4 mil anos. Mais uma vez a Evolução, quando convém aos criacionistas, é usada não importando
com que grau de distorção.
XR:
Enquanto os Criacionistas assumem não saber uma série de coisas, todos nós sabemos que se colocarmos um Golfinho em água
doce ele morre! Se colocarmos um Peixe-Boi em água salgada ele morre! Como eles sobreviveram ao Dilúvio?!
A não ser é claro que se recorra a explicação da resposta anterior, uma resposta Evolucionista! Portanto, pelo ponto
de vista Criacionista, ao qual dirigi a pergunta, também não houve resposta para essa Quarta Questão.
Eu esperava a explicação de que teriam se formado bolsas de água doce e salgada durante o dilúvio que por algum milagre
não teriam se misturado. Mas isso também não adiantaria, assim como não seria possível achar um meio termo de salinidade.
Isso sem falar nos mamíferos aquático-terrestres tais como focas, leões-marinhos e etc. que não podem ficar 40 dias dentro
da água. Teriam eles ido na Arca? Mas eles também não poderiam ficar 40 dias fora da água. Só se a Arca de Noé tinha um
sistema de liberação e resgate desses mamíferos, assim como um detector que pudesse distinguir os bolsões de água doce e
salgada. Haja tecnologia!
Até agora, com muita generosidade, o aproveitamente destas respostas foi de uns 6,25%. |
Mais uma vez, gostaria de saber como você chegou a estes cálculos tão interessantes!
Mais uma vez digo que esses cálculos são arbitrários, não importam.
E ao invés de implicar com isso você bem poderia ter comentado algo sobre os mamíferos
aquático-terrestres.
XR:COMO SE DESENVOLVERAM AS DIVERSAS ETNIAS HUMANAS EM TÃO POUCO TEMPO? FRANK:Essa é uma das respostas mais fáceis. Como você mesmo disse, as diversas etnias não chegam nem a ser raças diferentes. Elas já foram consideradas raças, mas hoje já se sabe que elas são tão parecidas que não podem ser consideradas raças diferentes. Os seres humanos de todas as etnias têm o DNA muito parecido entre si. O problema é que algumas das características que mais chamam a nossa atenção são diferentes (por exemplo, cor da pele, do cabelo, dos olhos e estatura). XR:Isso. Ótimo. Muito bom. Agora responda por favor. FRANK:Existem relatos feitos por cientistas evolucionistas do surgimento de novas espécies de animais em períodos que variaram de centenas há milhares de anos. Se espécies novas podem surgir em períodos tão curtos, por que não as etnias humanas? (Todos os seres humanos ainda pertencem a uma mesma espécie). XR:Mais uma vez os criacionistas são incapazes de dar respostas que não sejam evolucionistas. E nesse Frank parece não ter lido o texto QUESTÕES SIMPLES QUE O CRIACIONISMO NÃO RESPONDE onde eu abordo essa questão no trecho "E as Etnias?". FRANK:James Gibson (Anais do IV Encontro Nacional de Criacionistas) faz a seguinte citação "Numerosos exemplos de mudança nas espécies já foram observados. Por exemplo, uma nova espécie de copépode formou-se no Mar Salton no sul da Califórnia em menos de 30 anos.12 O Havaí não tinha bananeiras até cerca de 1000 anos atrás, no entanto há mariposas havaianas nativas que só se alimentam de bananeiras. Estas novas espécies surgiram em menos de 1000 anos.13 Uma população de macacos verdes viveu na ilha de St Kitts no Caribe por menos de 100 anos, mas desenvolveu aspectos morfológicos equivalentes a uma nova espécie.14 A capacidade de mudanças rápidas está confirmada tanto por experimentação como por observação da natureza". 12. Johnson, M. W. 1953. The copepod Cyclops dimorphus Kiefer from the Salton Sea. American Midland Naturalist 49:188-192. 13. Zimmerman, E. C. 1960. Possible evidence of rapid evolution in Hawaiian moths. Evolution 14:137-138. 14. Ashton, E.H., R.M. Flinn, R.K. Griffiths. 1979. The results of geographic isolation on the teeth and skull of the Green monkey (Cercopithecus aethiops sabaeus) in St. Kitts – a multivariate retrospect. Journal of Zoology, London XR:Pelo jeito há mais Evolucionismo entre os criacionistas do que eu pensava! Eu estou pedindo respostas Criacionistas! Afinal de contas você admite ou não a Evolução?! |
Isso já foi explicado acima. Os criacionistas aceitam mudanças nas espécies. Se você quer chamar isso de evolução, tudo bem.
FRANK:As raças podem se desenvolver quando pequenos grupos são isolados. Além de distâncias, a linguagem é provavelmente o maior fator de isolamento. Quando as linguagens foram confundidas em Babel, provavelmente pequenos grupos se dispersaram para vários lugares, produzindo grupos isolados que se desenvolveram em raças diferentes. Alguns aspectos raciais podem ser o resultado do fato de que certas características fisiológicas são vantajosas em determinados ambientes. A cor da pele é um exemplo. A luz solar é necessária para produzir vitamina D. Luz solar em excesso aumenta o risco de câncer de pele. A melanina protege os que vivem em climas tropicais do câncer da pele causado por excesso de luz solar. Isto explica porque pessoas que vivem nos trópicos têm tipicamente pele mais escura. Pessoas que vivem em latitudes mais altas não necessitam de muita proteção contra o sol e têm pele mais clara. A pele escura pode ser desvantajosa em latitudes altas se a quantidade de luz solar é apenas suficiente para a produção de vitamina D. XR:Uau! Muito obrigado pela aula de Darwinismo! Isso é SELEÇÃO NATURAL! É impressão minha ou você está se curvando a inegabilidade da Evolução? Sendo assim pra quê Criação?! |
Mais uma vez, os criacionistas aceitam a seleção natural, mutação, deriva genética e outros chamados fatores evolutivos. O que não aceitamos, e que também a teoria da evolução não consegue demonstrar, é que estes fatores podem levar ao aumento de complexidade nos organismos com o surgimento de novos órgãos.
Houve então um notável progresso na história do Criacionismo pós
Evolucionismo. Antes nada aceitavam, depois passaram a ceder ponto por ponto até o estado
atual. Quanto tempo mais resistirá?
Curiosamente, todo esse conhecimento científico que os criacionistas
possuem e que seja capaz de explicar alguma coisa, é conhecimento
evolucionista desenvolvido por cientistas evolucionistas dentro do paradigma
da Evolução.
Até hoje nenhum Criacionista contribuiu em sequer um vírgula no progresso
da Ciência, e tudo o que o Criacionismo "Científico" tiver de razoável foi
tirado do Evolucionismo.
Com o perdão da ousadia é quase como uma relação Parasitária, o Criacionismo
suga toda a produção do Evolucionismo e ao mesmo tempo pretende derrubá-lo.
XR:Mesmo assim, esse raciocínio só funciona se tivermos períodos de milhões de anos, jamais poderia ocorrer num período de tempo proposto pelos Criacionistas da Terra Jovem, de alguns milhares de anos, como já foi explicado no texto acima referido. |
Como você sabe que o mecanismo só funciona se houver milhões de anos? Isso é um pressuposto da teoria da evolução. As raças de cães apresentam diferenças muito maiores do que as apresentadas pelas etnias humanas. E você sabe que as raças de cães foram obtidas pelo homem, através de seleção artificial (o que pode ter apressado um pouco o processo) nos últimos milhares de anos. E eu citei vários exemplos acima de surgimento de novas espécies em milhares de anos!
Quê exemplos?!
A Seleção, Criação e Manipulação Artificial feita pelos Humanos não apressou "um pouco" o
processo, acelerou incomensuravelmente. A Natureza levaria milhões de anos para conseguir um
variação tão grande de raças numa mesma espécie, além disso, em alguns exemplos de cães o
primeiro passo para a especiação já foi dado, que é a incompatibilidade física dos orgãos
reprodutores, algumas raças de cães já isoladas das outras terminariam por se diferenciar
geneticamente em milhares de anos, não fosse a intervenção humana que as mantém relativamente
estáveis através de reproduções controladas.
Quanto ao período de milhares de anos, eu posso supor isso baseado no simples raciocínio
que já demonstrei anteriormente, ao explicar que em nosso período de história registrada não
se verificou nenhuma variação perceptível de traços étnicos em linhagens humanas que tenham se
deslocado geograficamente. Ou seja, os negros que moram nos E.U.A não estão ficando
perceptívelmente mais brancos por fatores ambientais, assim como os europeus que vivem na
África do Sul também não estão escurecendo.
Agora assumindo que todos os humanos derivam de um tronco comum, algo em que Evolucionistas
e Criacionistas concordam, e admitindo que a Evolução nas características de variação como
Mutação, Deriva Genética e Seleção Natural existe, como explicar então que a existência da
diversidade étnica!?
Pois se a admitimos como produto da evolução, porque ela não continua ocorrendo? Por que
mesmo após 6 ou mais gerações os brancos na África do Sul não escureceram nada?! Se no entanto
admitimos que ela ocorreu ao longo da história.
Como afirmei, se em cerca de 3 mil anos houve uma variação tão significativa a ponto de
tornar um branco num negro ou vice-versa, porque em cerca de 300 anos de colonização e mudança
de populações, não se nota sequer 1% desta variação?
Com isso só posso aceitar como uma explicação plausível que o período ocorrido para tal
variação foi muito superior, dezenas milhares de anos.
XR:Agora Frank decide sacar a versão anterior de minhas questões, o que permitirá maiores desenvolvimentos. XR:Posso resumir parte destas questões naquilo que gosto de chamar de ENIGMA DAS CAPIVARAS
que diz o seguinte:
As Capivaras são exclusivas brasileiras, não existindo em nenhum outro lugar do mundo. Segundo o
Criacionismo elas foram criadas junto com todas as demais espécies animais. No dilúvio evidentemente todas
as Capivaras e demais espécies terrestres que não embarcaram na Arca de Noé morreram.
Conclusão lógica:
Eles trouxeram as Capivaras do Velho Mundo (Europa e Oriente Médio), via Ásia, estreito de Bering,
Américas do Norte e Central para finalmente chegar a América do Sul.
|
Mais uma vez você está mal informado. Você sabia que existem antas também no sudoeste asiático? Elas são bastante semelhantes às antas brasileiras, mas diferem em sua coloração. E há fósseis de antas na China e na América do Norte, mostrando que elas se dispersaram, provavelmente a partir da Europa, para essas duas regiões. Mas não há registro fóssil de antas na Europa. Por que o mesmo não poderia ter acontecido com as outras espécies?
Tudo bem, digamos que existam Antas em outras regiões. Mas você pode
afirmar o mesmo sobre Tatus, Lobos-Guarás, Capivaras e quaisquer outras espécies encontradas
unicamente no Brasil?
Se não puder o argumento permanece. Citar uma possível exceção é irrelevante.
FRANK:Como já explicado acima, elas podem ter migrado pela rota que você mesmo sugeriu. Não necessariamente tiveram que ser trazidas pelo homem. XR:Hum... Uma migração organizada de Capivaras!? Interessante! Pensei que usaria o argumento da
Pangéia, que será abordado mais adiante. Vejamos então a Viagem das Capivaras desde a Mesopotâmia atrevessando a Ásia, cruzando
o estreito de Bering, descendo pela América do Norte, Central até chegar e se instalar no Brasil! A Terra Prometida!
Desafiando toda a variação climática, predadores, doenças e falta de alimentos que com certeza lhes ocorreriam. Será que
Jeová pelejou por elas também?!
Por que nenhuma ficou pelo caminho, nem nenhuma ossada, nem memória nos povos que
testemunharam sua passagem, ou que ficaram pelo caminho desde a Ásia até a América Central?
Por que não há nenhum registro fóssil, histórico ou mesmo Bíblico de todas as
milhões de espécies animais que pelo menos hoje, não mais existem no Velho Mundo? Os trechos citados abaixo foram traduzidos da referência em inglês. XR:Agora Frank, impossibilitado de dar qualquer respota razoável por si próprio, viola as normas
implícitas deste diálogo, que é ser baseado em QUESTÕES SIMPLES, que não precisam de erudição, nem de longas citações ou
referências mais extensas. Eu esperava RESPOSTAS SIMPLES!
Mas tudo bem. Vamos ver o que nossos PHDs Henry Morris e John Whitcomb tem a dizer. Uma possível explicação para isso é que o resgistro fóssil
é muito incompleto para registrar as migrações de animais após o dilúvio. Sob certas
circunstâncias, a presença anterior de um grupo de animais em uma região pode não ser detectada
no registro fóssil. Pode ser esperado que o número de indivíduos que migraram era muito pequeno e/ou
que o grupo ficou em cada região apenas por períodos curtos.
XR:O que me irrita nos Criacionistas é a Hipocrisia! Esses mesmos senhores não hesitam em acusar os cientistas de não terem Evidências Fósseis para corroborar a Evolução, pois queriam que houvesse amplos e completos registros fósseis de todas as espécies existentes evidenciando suas transições. A respota Evolucionista é óbvia, o registro fóssil é incompleto devido a vários fatores, mas essa explicação não é aceita e é usada como prova negativa da Evolução. |
Você tocou aqui em um ponto realmente importante. Até agora nenhum evolucionista consegue me dar uma explicação
convincente para a ausência de fósseis de transição. Existem pouquíssimos exemplos de fósseis desse tipo. O próprio
Archaeopterix, que era considerado transição entre répteis e aves, possui penas verdadeiras e por isso deve ser considerado uma
ave.
Lá vamos nós. Porque ele deve ser considerado uma ave? Os cientistas
o consideram SIM um fóssil transicional, daqueles que os Criacionistas dizem que não existem.
Porque então dizem que ele é uma ave? Simples, porque os Criacionistas não podem admitir que
existam os fósseis transicionais, pois os fósseis são, sem sombra de dúvida, a mais
forte evidência da evolução. Como a evidência existe, então simplesmente a negam das
formas mais sofismáticas possíveis.
Quem se propuser a examinar o link
Archaeopterix
verá que este apresenta inúmeras características que inexistem em qualquer
tipo de ave apesar das penas, que é o que arbitrariamente se usa para determinar o que seja
uma ave, o Archaeopterix tem muito mais características de réptil do que de ave.
O que os criacionistas fazem então?! Nada! Simplesmente tapam o Sol com a peneira e negam
a evidência!
Os sinapsídeos, considerados transição entre répteis e mamíferos, talvez sejam um dos poucos bons exemplos.
James Gibson, nos Anais do III Encontro Nacional de Criacionistas, no artigo Problemas Biológicos da Evolução, cita os dois
parágrafos abaixo:
"O registro fóssil mostra grupos separados em toda sua extensão. Os grupos
fósseis raramente unem-se em ancestralidade comum no registro fóssil, com
exceção, talvez, de uns poucos exemplos nos níveis taxonômicos inferiores,
tais como espécies e raças. Os grupos maiores, como Filos e Classes, mantêm
suas identidades separadas em toda a coluna geológica. Isto apóia a teoria
das múltiplas ancestralidades separadas."
"As lacunas sistemáticas na taxonomia implicam em múltiplas ancestralidades
separadas. Lacunas relativamente pequenas, mas significantes, aparecem entre
quase todas as espécies fósseis. Lacunas muito maiores aparecem entre as
categorias superiores, tais como Ordens, Classes e Filos. Quando
visualizadas com o tempo, as lacunas no registro fóssil poderiam ser
casuais. Entretanto, elas são sistemáticas. Isto é o contrário do esperado.
Apesar de se explicar este fato como sendo devido a um registro fóssil
incompleto, parece estranho que as maiores lacunas no registro fóssil devam
ocorrer onde se propõe as maiores quantidades de mudança. Por exemplo,
existem muitos fósseis de moluscos e muitos fósseis de artrópodes, mas
nenhum fóssil que seja um elo razoável entre estes dois grupos."
Este texto pode ser encontrado na íntegra em:
PROBLEMAS BIOLÓGICOS NA EVOLUÇÃO sendo esses dois parágrafos acima citados respectivamente
os itens 5 e 7 da seção de EVIDÊNCIA DE MÚLTIPLAS ANCESTRALIDADES SEPARADAS. Que por sinal
foi traduzido por ninguém menos que a própria Doutora Marcia Oliveira de Paula.
Somente agora, no dia 16 de Janeiro de 2003, quando finalmente me decidi a prosseguir na
abordagem desta mensagem que já está em meu poder desde Novembro passado, me lembrei que eu já
conheço alguns textos da Dra, como por exemplo a entrevista que se pode encontrar em
Contradições do Evolucionismo,
portanto mais uma vez quero reiterar que me sinto honrado em debater com esta ilustre
Criacionista, e parabenizá-la pela honestidade com que defende suas idéias, como se pode notar
no seguinte trecho da entrevista:
"Entrevistador: Então é impossível conciliar a teoria da evolução com a teoria da criação ...
Dra. Márcia: Algumas pessoas até tentam, mas não dá. Se você se torna um evolucionista teísta, tem que deixar de crer em grande parte da Bíblia. Você não crê no Gênesis, por conseguinte você não vai acreditar no plano da salvação. E também vai questionar a existência de Satanás, porque vai achar que o mal está dentro do ser humano. E para que a volta de Cristo, se o homem tem a capacidade de melhorar?"
Bem como no trecho:
"Entrevistador:Você acha, então, que a experiência da conversão é fundamental para que se aceite a Bíblia e o criacionismo?
Dra. Márcia: Sem dúvida. Duvido que, algum dia, alguém consiga convencer um evolucionista a se tornar criacionista sem aceitar a Deus primeiro. Eu acredito que um evolucionista se torna criacionista quando passa pela experiência da conversão, quando encontra e aceita a Deus. Aí, sim, ele vai tentar explicar a origem das coisas de uma outra maneira, porque saberá que Deus é o Criador."
Antes de comentar essas afirmações, voltarei no texto de James Gibson.
Insisto que não é objetivo deste debate discutir a Evolução e nem mesmo entrar em detalhes
científicos, pois este site é direcionado para o público em geral, e não para cientistas.
Notemos que James Gibson publicou tal texto no III Encontro Nacional de Criacionistas, e dessa forma tal
publicação não tem nenhum apoio na comuidade científica. Mesmo assim, posso notar alguns problemas nos trechos citados.
"...grupos fósseis raramente unem-se em ancestralidade comum no registro fóssil, com exceção, talvez, de uns poucos exemplos nos níveis taxonômicos inferiores, tais como espécies e raças..."
Não é evidente que união de ancestralidade para uma linhagem de milhares de anos de indivíduos deveria se unir justamente nos níveis inferiores? Se eu for rastrear o parentesco entre um ariano e uma negro é claro que só o encontrarei num passado muito remoto, ou seja, num nível inferior, e essas bifurcações evidentemente serão raras. Numa população isolada de um milhão de pessoas só encontraremos a bifuração fundamental cerca de 18 gerações antes, e mesmo assim seria muito difícil localizá-la com exatidão.
"Os grupos maiores, como Filos e Classes, mantêm suas identidades separadas em toda a coluna geológica. Isto apóia a teoria das múltiplas ancestralidades separadas."
Isso só teria sentido se as linhagens filológicas diferentes remontassem todas até a mesma época, o que é completamente falso! Jamais encontraremos uma linhagem de mamíferos se econtrando com uma linhagem de peixes, pois os mamíferos são muito mais recentes. Nos os encontraremos se encontrando como uma linhagem de répteis, para ser mais exato os Sinapsídeos, que por sua vez se econtrarão com uma linhagem de peixes, dos quais o Ichityostega é um exemplo de espécie transicional.
"As lacunas sistemáticas na taxonomia implicam em múltiplas ancestralidades separadas."
Isso seria o mesmo que achar que o fato dos ramos mais novos de uma árvore estarem separados indicam que eles derivam de árvores difentes. Como ele próprio sugere a seguir.
"Lacunas relativamente pequenas, mas significantes, aparecem entre quase todas as espécies fósseis. Lacunas muito maiores aparecem entre as categorias superiores, tais como Ordens, Classes e Filos."
É óbvio! Assim como os ramos de uma árvore divergem cada vez mais entre si.
"Quando visualizadas com o tempo, as lacunas no registro fóssil poderiam ser casuais. Entretanto, elas são sistemáticas. Isto é o contrário do esperado.
Não sei se entendi bem mas há uma progressão bastante sistemática entre os crescentes galhos de uma árvore. Isso é exatamente o esperado.
"Apesar de se explicar este fato como sendo devido a um registro fóssil incompleto, parece estranho que as maiores lacunas no registro fóssil devam ocorrer onde se propõe as maiores quantidades de mudança. Por exemplo, existem muitos fósseis de moluscos e muitos fósseis de artrópodes, mas nenhum fóssil que seja um elo razoável entre estes dois grupos."
Aqui acho que o sofisma atinge seu ápice. Pensemos bem. As maiores
lacunas deveriam surgir nos níveis mais elevados da evolução, assim como o espaço entre
o final dos galhos da árvore é maior do que no início. Sendo assim, como pode o autor afirmar
que deveria se esperar essa grande quantidade de mudança justamente num nível taxônimico
inferior como o entre Artrópodos e Moluscos?! Nesses níveis as diferenças deveriam ser
cada vez menores! E consequentemente mais difíceis de se detectar.
Para ilustrar melhor meu raciocínio, continuemos a pensar numa árvore. Sabemos que seus
frutos, folhas e flores apesar de individualmente diferentes entre si são parte de um mesmo
organismo, cujos ramos vão se econtrando cada vez mais para baixo. Mas suponhamos que esta
árvore esteja cerca de metade soterrada, de modo que alguns troncos principais parecem brotar
separadamente do chão.
Assim tem acontecido com o Evolucionismo, as areias do Tempo e das Catástrofes soterarram
muitas das evidências da ancestralidade, nos obrigando a cavá-las, porém mesmo que o façamos
seguindo uma direção esperada, os galhos da árvore frequentemente mudam de rumo, dificultando
nosso trabalho, além do que a violência do soterramento pode ter simplesmente rompido alguns
galhos.
No entanto, apesar de todas as características em comum dos galhos superiores, os
Criacionistas, em especial James Gibson, preferem crer que esses galhos são na verdade derivados
de árvores distintas, para sustentar sua teoria das Múltiplas Ancestralidades Separadas.
Seria como se ao escavarmos uma eminente ramificação principal, acabássemos por encontrar
os galhos rompidos e espalhados, e diante dessa dificuldade o Evolucionista espera
apenas que a união tenha se perdido em um outro ponto ou mesmo sido destruída, mas que
pela similaridade dos galhos pode-se deduzir que derivam de um tronco comum. Já o Criacionista
prefere crer que os galhos são na verdade derivados de árvores distintas, ainda que estejam
próximos uns dos outros, ainda que convergam para o mesmo ponto e sejam muito similares,
e ainda que seja óbvio que naquele espaço simplesmente não haveria espaço suficiente para
diversas raízes sustentarem diversas árvores.
Por que os criacionistas preferem essa opção?! Por que preferem crer que estamos lidando
com Ancestralidades Separadas?
O próprio James Gibson responde em outro trecho deste mesmo texto, nos itens, 8, 9 e 10
imediatamente subsequentes aos itens citados pela doutora Márcia:
Obs: TUCA (Teoria da Ancestralidade Comum Universal)
TMSA (Teoria das Multíplas Ancestralidade Separada)
A siglas seguem o Inglês evidentemente.
"As Escrituras descrevem grupos criados separadamente. Gênesis 1 faz menção separada dos seguintes grupos: ervas que produzem sementes; árvores frutíferas (verso 11); monstros marinhos (baleias?); criaturas aquáticas; aves (verso 21); animais domésticos, criaturas rastejantes; animais selvagens (verso 25); homens (verso 27). Os grupos criados são geralmente identificados mais pelo seu habitat do que pelo nome do grupo. Parece claro no relato que cada grupo, por exemplo, "criaturas rastejantes" consiste de muitos tipos distintos, todos criados ao mesmo tempo.
A teoria da ancestralidade comum universal requer que tenha ocorrido morte antes do pecado de Adão. De acordo com a TUCA, bilhões de organismos viveram e morreram muito antes da evolução do homem. Isto desfaz a relação causal entre a morte e o pecado. Já foram feitas tentativas de distinguir entre as implicações morais da morte humana e da morte animal, mas a TUCA não fornece base plausível para tal distinção. A história do Gênesis da TMSA explica a diferença moral entre homens e animais.
A teoria da ancestralidade comum universal implica em que Deus é mau. A evolução depende da eliminação das espécies devido a escassez de recursos, competição, predação e outros fatores que consideramos malignos. Se estes não são os resultados naturais do pecado humano, então eles pareceriam ser os resultados da livre escolha de Deus. Tal deus seria menos moral do que nós. A TMSA explica as origens dos grupos separados sem invocar um deus mau."
Pronto! Temos aí a base da TMSA. A Bíblia!!! Essa é a "Ciência" Criacionista! Em nome desse compromisso religioso, James Gibson comete erros ainda mais grotescos, como:
"...parece claro que algumas espécies possuem genes que não estão presentes em outras espécies. Por exemplo, os mamíferos têm hormônios placentários que aparentemente não estão presentes em outros grupos. Existem provavelmente milhares de outros exemplos de genes que pertencem a apenas um grupo particular."
Com o perdão da palavra, isso é, ou uma mentira deslavada, ou uma
total confusão sobre elementos primários da bioquímica, e gostaria muito que a doutora
Márcia me explicasse como deixou um deslize destes passar.
De que maneira hormônios específicos, que são substâncias químicas mais complexas, implicam
numa estrutura genética diferente!?!? Seria o mesmo que afirmar que dois átomos de elementos
distintos implicam em estruturas subatômicas diferentes!
A estrutura genética dos seres vivos é invariavelmente a mesma, só variando em seu modo
de contrução e complexidade. É ACGT em mil e uma combinaçãoes específicas.
Recomendo a quem esteja porventura acompanhando este debate que leia o texto original de
James Gibson traduzido pela Dra Márcia, repito o link: Se quiser pode procurar a ajuda de um biólogo e verificar a consistência das informações,
mas adianto que não há como esse festival de disparates ser aceito pela Ciência Acadêmica.
Aliás, nem se deveria esperar outra coisa de quem conclui o texto com:
PROBLEMAS BIOLÓGICOS NA EVOLUÇÃO
"Para aqueles que não desejam excluir a atividade intencional de Deus na natureza, é bastante razoável concluir que a origem da biodiversidade envolveu atos separados de criação, realizados por um ser inteligente."
Ótimo! Para aqueles que não quiserem excluir Deus!
E agora voltando aos trechos que selecionei da
Entrevista
com a Doutora Márcia, fica claro então que não há possibilidade
de se chegar ao Criacionismo através de outro caminho que não a Religião. Isso porque a natureza não dá nenhum suporte
às hipóteses criacionistas, e necessário primeiro o filtro psicológico da doutrina para que o cientista comece a ver
evidências do Criacionismo.
Acho que isso LIQUIDA DEFINITIVAMENTE a discussão sobre se há evidências científicas da Criação. NÃO HÁ!
Se houvesse, não seria necessário se converter para localizá-las.
XR:Agora eles mesmos apelam para o mesmo raciocínio quando lhes convém. Por que teríamos de aceitar essa explicação? |
As migrações de animais, segundo os criacionistas, devem ter acontecido em milhares de anos. Já as transições esperadas entre todos os grupos animais e vegetais, segundo a teoria da evolução, devem ter se processado em períodos muitíssimo mais longos, durante milhões e bilhões de anos. Em qual dos dois casos você acha mais provável que inexistam os fósseis? Além disso, os criacionistas acreditam que a maior parte do registro fóssil foi formada durante o dilúvio, que ofereceu condições ideais para isso (presença de água, morte abrupta de animais e plantas e soterramento rápido dos organismos mortos). Depois do dilúvio os processos de fossilização teriam sido muito mais raros.
Mas independente disso, eu tenho dificuldades em não rir ao imaginar um grupo de Capivaras, ou Antas, Tamanduás ou Tatus, migrando através de desertos, planícies geladas, numa longa peregrinação rumo ao interior do Brasil. Há boas razões para supor que uma espécie poderia migrar da arca para a
América do Sul sem deixar qualquer evidência. Muitas espécies fósseis são conhecidas em
apenas uma ou poucas ocorrências e o registro fóssil é obviamente incompleto em termos
geográficos. A formação de fósseis no mundo atual é relativamente rara. Um exemplo de
quão incompleto é o registro fóssil em termos geográficos foi a descoberta de um fóssil
de marsupial na Tailândia. Este é o único marsupial fóssil encontrado no sudoeste
asiático. De onde ele veio e como chegou até lá? Foi encontrado um fóssil na Alemanha
identificado como um tipo de tamanduá sul-americano, apesar de esta identificação ter sido desafiada.
Se esta identificação for aceita, o fóssil alemão é a única evidência
conhecida da existência da família do tamanduá fora da América do Sul. Muitos outros exemplos
poderiam ser citados para mostrar que não se pode confiar nos fósseis como o registro completo da
distribuição geográfica de uma espécie.
Não sei que boas razões existem para crermos nas Capivaras, Lobos-Guará ou Onças Pintadas promoveram essa ODISSÉIA pelo Globo. A não ser que tenhamos que aceitar a revelação Bíblica a qualqer custo e adequar os dados da realidade seja com que consequências para a Razão. Pelo menos dois processos relativos ao dilúvio poderiam explicar porque o registro
fóssil pode ser especialmente incompleto quando os animais estavam se dispersando da arca. Em primeiro lugar, se
certos grupos tiveram uma direção instintiva para migrar da arca diretamente para a América do Sul,
eles devem ter realizado tal dispersão em um período de tempo curto e provavelmente com poucos
indivíduos. É bastante improvável que tais grupos deixassem qualquer evidência fóssil de
sua passagem através da região. Também já foi proposta uma direção sobrenatural
da migração.
Não sei que processos relativos ao Dilúvio poderiam explicar a ausência de registros fósseis de
espécies que viveram DEPOIS do Dilúvio! Como poderiam eles migrar, instintivamente, DIRETO para a América do Sul?! Só se
fosse pelo mar! E por fim, rendidos à irracionalidade destas explicações fajutas, apelam para a possibilidade do
sobrenatural!
Essa é a "Ciência" Criacionista! O segundo fator que poderia resultar em mudanças rápidas na
distribuição das espécies seriam mudanças rápidas no clima logo após o
dilúvio. Por exemplo, se o clima se tornasse mais frio, espécies que gostam de calor tenderiam a expandir sua
distribuição para os trópicos (movendo-se para o sul) e retirando-se do norte. Se este processo
aconteceu logo após o dilúvio, as populações das espécies poderiam ser relativamente
baixas. Grupos que viveram em uma região durante um curto período, com baixos níveis populacionais,
poderiam ter facilmente escapado de terem sido preservadas no registro fóssil daquela região, mesmo que sejam
conhecidos fósseis delas em outras regiões.
Tente imaginar... Lhamas no centro da Ásia, então um fenômeno climático as faz migrar para
o Leste, provavelmente uma ponte de gelo as permitiu atravessar o estreito de bering e chegar ao Alasca. Por sinal locais onde
o constante frio favorece a preservação de cadáveres quase perfeitos de vários tipos de animais. Se estabelecem onde hoje é
o Canadá. Então outro fenômeno climático as empurra para o que viria a ser o Texas, e assim por diante, cruzando as florestas
de sequóias americanas, atravessando a Amazônia, e por fim a Cordilheira dos Andes para chegarem até o Peru ou Chile.
Mas afinal que droga é essa?! Quer dizer que a Sibéria e o Alasca já foram quentes nos últimos 4 mil anos?! Ou que o Texas
ou Deserto do México já congelaram?! Espero que isso deixe claro por que esses Srs PHDs arracam risos da comunidade
científica! Como Noé as buscou nas diversas partes do mundo para levá-las para a Arca? Na época de Noé só havia um continente. Todos os continentes atuais estavam juntos formando a Pangéa. Os animais que entraram na arca podem ter migrado de locais bastante distantes. Mas não é necessário que regiões remotas tenham sido povoadas por animais antes do dilúvio. Os criacionistas geralmente aceitam que, antes do dilúvio, o clima era ameno e não existiam nem ambientes gelados nem desertos. Provavelmente, espécies adaptadas a estes locais surgiram após o dilúvio. A-há!!! A Pangéa! Como eu disse antes, agora ele cai na própria armadilha, como explicarei adiante.
Mas antes, e quanto a essa alegação, que já admite Evolução dentro de certos limites, como será explicado mais adiante,
sobre aceitarem a adaptação dentro de espécies? Tudo bem que o Urso Polar é uma espécie de Urso, é que o Leopardo das
Neves uma espécie de Leopardo. Mas você poderiam me mostrar uma espécie sequer remotamente similar ao Pinguim que não
viva em regiões geladas? Vamos ver no que isso vai dar mais para frente.
Agora quanto a Pangéa, uma constatação da Geologia Evolucionista, vejamos que interessante. A Deriva Continental já foi
medida como sendo da ordem de mínimos centímetros por ano, por isso demoraram MILHÕES de anos para os continentes estarem
na posição atual. Mas se isso tivesse ocorrido há cerca de 5 mil anos, para facilitar o cálculo, então uma parte da América
do Sul que esteja a 5 mil kms da África se move na velocidade média de um quilômetro por ano não?
Um deslocamento dessa magnetude seria percebido por qualquer pescador. Seria impossível sequer fazer construções
marítimas duráveis, e como qualquer habitante do litoral pode perceber, não tem havido um deslocamento de um quilômetro
por ano nas praias.
Poderiam então dizer que o afastamento ocorreu apenas por um tempo e depois se estabilizou, o que teria ocorrido há
pelo menos 500 anos, ou os navegadores portugueses teriam percebido. Gostaria de saber que evidências
geológicas existiriam para essa espetacular "Freada" tectônica. Além disso, as civilizações antigas como China, Egito,
Grécia e etc, que já possuíam consideráveis conhecimentos, muito provavelmente teriam notado um afastamento de terras dessa
amplitude, o que com certeza reverberaria no Mediterrâneo, além de possuir devastador impacto tectônico.
A idéia da Pangéia com certeza explica muito, mas só funciona num período muito mais extenso de tempo, milhões a
bilhões de anos, o suficiente para inúmeras espécies serem divididas e cada divisão em continente separada dar origem,
através de centenas de milênios, a novas espécies através da Deriva Genética e Seleção Natural. Se todas as espécies animais de todo o mundo de hoje existiam juntas no Velho Mundo, e se não houve evolução, então elas eram exatamente como agora. Sendo assim o Velho Mundo teria uma enorme variabilidade de climas, com desertos, florestas tropicais, ambientes gelados, pântanos, cavernas, lagos e etc. Por que não há nenhuma evidência de que tais ambientes existiram? Por que a Bíblia não menciona absolutamente nada sobre eles? Como já explicado anteriormente, a maioria dos criacionistas aceita o surgimento de novas espécies e "evolução" dentro de certos limites. O que os criacionistas não aceitam de forma alguma é o aumento da complexidade dos seres vivos, pois não há nenhuma evidência científica de que isso possa realmente acontecer. Então, admitem que a Evolução existe dentro de certos "limites", os evolucionistas dizem a mesma
coisa, só que põem limites diferentes. Não é bem o local para discutirmos o aumento da complexidade dos seres vivos, mas
de qualquer modo tal admissão é razoável. Como os próprios Criacionistas do INSTITUTE for
CREATION RESEARCH admitem, haveria na Arca um casal de animais "felinos", que poderiam dar origem aos tigres, leões,
onças e etc.
Além de todos os problemas de dispersão já citados anteriormente, tente imaginar como seria possível manter um único
casal de felinos deste tipo. Para que sobrevivessem, teriam que se alimentar de pelo menos um outro casal de grandes
herbívoros a cada 5 dias. Como a Arca permaneceu navegando por 150 dias (Gn 7:24) eles teriam então devorado 30 casais
de espécies do tipo Antípoles ou Gnus, sem contar o tempo que levaram para sobreviver fora da Arca após as águas
baixarem. Em menos de um ano, o que não é suficiente para um destes herbívoros chegar a idade adulta, um único casal
de felinos e seus filhotes teriam consumido pelo menos 70 casais tipo herbívoros. Convido o leitor a fazer alguns
cálculos e concluir quantos casais de herbívoros haviam na arca para um único casal de carnívoros, isto é, lobos, ursos,
hienas e etc.
Fora isso, conte mais ou menos o número de espécies felinas que possuímos hoje, e veja segundo esse raciocínio, a
velocidade com que conseguiram se "especiar", ou seja, como de uma espécie poderia surgir uma nova, tal como dos
Tigres surgirem os Tigres Brancos.
O tempo disponível segundo o Criacionismo em questão é de menos de 5 mil anos, mas como na própria Bíblia, há dois
mil anos, já há referência a felinos como Leões, pensemos em apenas 3 mil anos.
Se a especiação fosse possível a essa velocidade, qualquer família de criadores ao longo do menos de um século poderia
notar diferenças consideráveis em suas criações. Nenhum experiência científica sugere que isso seja
possível.
Segundo os Evolucionistas, que desenvolveram o conceito de especiação, o tempo mínimo para um espécie dar origem a outra
mediante condições severas de isolamento geográfico, deriva genética e seleção natural, é 100 mil anos.
Mas o ponto onde quero chegar é o notável beco sem saída em que os Criacionistas se colocam. Eles afirmam não ser possível
haver um aumento de complexidade ao longo de milhões ou bilhões de anos, no entanto, acham possível que um casal de felinos dê
origem a leões, tigres, suçuaranas, jaguares e etc, em menos de 3 mil!
Convido o leitor a pensar nisso. Como já mencionado na questão anterior, os criacionistas acreditam em um clima ameno antes do dilúvio, provavelmente sem desertos ou regiões geladas. Florestas tropicais, pântanos, cavernas e lagos podem ter existido. A Bíblia menciona apresenta um relato bastante resumido da criação e do dilúvio e pouco menciona sobre como eram os ambientes criados. Sendo assim, as evidências sobre tais ambientes deveriam vir da Geologia. No entanto os geólogos
não encontraram tais evidências, e os únicos que afirmariam que elas existem seriam os Criacionistas, pois a posição da
IMENSA maioria da comunidade científica é evolucionista, 99,99% no mínimo. Se não existem tais evidências, só resta
a especulação, para satisfazer a Revelação Bíblica.
E isso resume a "Ciência" Criacionista. E não são só os animais grandes!
Essa pergunta já foi respondida anteriormente. Várias perguntas são repetitivas! Porque você decidiu expor a pergunta novamente! Poderia responder apenas as perguntas em CAIXA
ALTA no começo do texto QUESTÕES SIMPLES pois as demais são apenas uma formulação
diferenciada.
Mas voltando a questão, ela não foi satisfatoriamente respondida. A idéia das jangadas naturais, como eu já disse
antes, além de insatisfatória devido a questões de variação de temperatura e pressão, ainda por cima é anti-bíblica.
Não serve como resposta Criacionista. Quando os descendentes de Noé se alastraram pelo mundo, já encontraram florestas prontas? Se sim como elas sobreviveram ao Dilúvio? Já deveria haver animais principalmente artrópodes, vitais para a existência do ecossistema, então o Dilúvio não foi Universal. Se não existiam as florestas, por que os descendentes de Noé migrariam para desertos, e como implantaram os ecossistemas? Os ecossistemas não foram implantados pelos descendentes de Noé. As plantas simplesmente brotaram após o dilúvio, em diferentes regiões para onde foram levadas. Invertebrados e ovos de artrópodes podem ter sido dispersados por correntes oceânicas e os animais migraram para várias localidades diferentes. Essa resposta também é uma mera reformulação das respostas anteriores, que devido a
problemas como a impossibilidade de brotos ou sementes de inúmeras espécies sobreviverem na água, ou o fato de os
vegetais dependerem em grande parte dos insetos, além do, insisto, problema de variação de pressão de, na
melhor das hipóteses 4 kms de altitude, é muito pouco satisfatória.
Apesar disso, como eu já disse antes, e apesar de contradizer a revelação que inspira os próprios criacionistas,
eu considerei parte das resposta devido a idéia das jangadas naturais. Até agora é a única questão que recebeu uma
resposta minimamente razoável. E os fungos e bactérias que não poderiam sobreviver ao Dilúvio? Será que a Arca de Noé também possuía reservatório para "casais" de fungos, bactérias e vírus? Fungos e bactérias poderam ser preservados sem problema algum dentro da água, em cima de plantas e em porções de terra úmida. Muitos fungos e bactérias produzem esporos que são extremamente resistentes a condições desvantajosas. Muitos fungos e bactérias podem também ter sobrevivido dentro da arca, na superfície de plantas e na pele e no interior dos animais e pessoas que estavam dentro da arca. Quanto aos que estariam dentro da arca, não poderiam ter chegado até os extremos da Terra como
Oceania ou América, portanto, somente os que tivessem sobrevivido em jangadas naturais teriam alguma chance. Vá a
um jardim e experimente submergir alguns cogumelos por alguns dias. Vejam quais sobrevivem. Tente também água salgada ou
condições de pressão aquática equivalente a uma camada de cerca de 4 mil metros de água, sem luz por 150 dias.
Quanto a bactérias, sinto muito, muitas delas não sobrevivem na água. Essa afirmação seria a única que talvez
exigisse uma opinião científica mais acurada, mas se pensarmos que algumas bactérias não sobrevivem sequer a uma lavada de
mãos, acho muito difícil que elas sobrevivessem na água por tanto tempo.
Na verdade, devido a admissão de conceitos evolucionistas, a questão sobre as bactérias perde o sentido. E os animais de água doce? Essa pergunta já foi respondida acima Como?! Já foi respondida?! De uma olhadinha lá em cima! Como sobreviveram os animais de água doce? Ou as águas do Dilúvio eram doces? Se sim como sobreviveram os de água salgada? Se era um meio termo, como se explica, sem evolução, animais que não sobrevivem nesse meio termo? Essa pergunta também já foi respondida acima. Sobre a água doce sim, já foi "não-respondida", e sobre a água salgada eu mesmo já comentei possíveis respostas logo acima. Nenhuma delas aceitável. E as etnias? Esta pergunta também já foi respondida acima Ou melhor, tentou-se respondê-la. Na Teologia Bíblica, tanto os nativos das Américas quanto os Africanos e Asiáticos são descendentes do tronco de Can, ou Cão, o filho mais novo de Noé. Qual seria a aparência de Cão? Com certeza não deveria ser radicalmente diferente de seus irmãos e pais ou a Bíblia omitiria algo tão notável? Se dele descenderam Negros, Asiáticos e Ameríndios como é possível que estes tenham assumido características étnicas tão distintas em tão pouco tempo? Esta pergunta também já foi respondida acima. Não foi! Além disso confira as contra respostas prévias na página de QUESTÕES SIMPLES Vejamos por exemplo o caso do negros. Se Cão era de pele clara, qual seria o motivo que levou seus descendentes africanos a ficarem com a pele escura? De onde você tirou a idéia de que os negros são descendentes de Cão? A Bíblia nada nos diz em relação a isso. Retirei da Teologia Bíblica para ser exato. Mas mesmo que não fosse, seria de Sem ou Jafé, o que não faria diferença. Mas se não foi nem isso, de onde eles teriam vindo então?! Se um casal de nórdicos passar toda a vida em fortes exposições solares com certeza por volta dos 30 anos terá a pele bem escurecida, mas mesmo após isso um descendente deles não nascerá com a pele perceptivelmente mais escura. A única explicação seria Mutação e Seleção Natural, porém em pouquíssimo tempo. A seleção natural e a mutação não são as únicas explicações. Embora estes dois fatores também possam ter atuado, provavelmente o fator mais importante deve ter sido o isolamento geográfico. Populações que foram para a África, por exemplo, ficaram totalmente isoladas das populações européias. Logicamente não houve troca de genes entre elas, devido ao isolamento reprodutivo, e isso favoreceu a especiação. Além disso, os criacionistas acreditam que todos os seres foram criados com uma grande capacidade de adaptação e, provavelmente, uma grande variabilidade genética (heterozigose em muitos genes) o que facilitaria as mudanças. O tempo, como já discutido acima, não é um problema. Esqueci de acrescentar a Variação Genética na pergunta, mas se ela, a Mutação e a Seleção não
são as únicas explicações, eu gostaria de conhecer as outras. O isolamento geográfico é apenas uma forma de permitir
a atuação incisiva da deriva genética e seleção natural, que agem exatamente como você explicou.
Agora quanto ao tempo não ser problema, vejamos mais adiante. Se houve gradativa transformação étnica, por que ela ocorreu? Seria para adaptar os Negros à grande incidência solar da África? Negros são mais resistentes a Câncer de Pele. Seria adaptação? Sim, poderia ter sido um dos motivos. Como se pôde notar ao longo de todo esse texto, sem Evolução não há Solução! Se foi esse o caso, transformações adaptativas em tão pouco tempo, usemos
um raciocínio: Corrigindo: o dilúvio deve ter acontecido há, aproximadamente, 4000 anos atrás, de acordo com a cronologia bíblica. Esse tempo é mais do que suficiente para ter ocorrido até especiação (o que não é o caso das raças humanas), de acordo com os exemplos citados acima. Tudo bem, mas acontece que já existem pessoas negras há milhares de anos, portanto o tempo de ação da adaptação para que descendentes de Noé ficassem escuros, ou com olhos orientais, seria na realidade no máximo de uns 2.500 anos! Porém há arianos habitando a África do Sul há cerca de 300 anos e
não há nenhum indício de escurecimento de pele em seus descendentes não mestiços.
Exemplos modernos não correspondem ao que pode ter acontecido após o dilúvio. Naquela época aconteceu um completo isolamento geográfico dos povos, que é exatamente o oposto do que está acontecendo atualmente: miscigenação entre as raças. Sem escapismo por favor. Tudo bem que os Criacionistas inventem milagres para explicar tudo, mas se você afirmar que os seres humanos eram biologicamente diferentes na época da Torre de Babel por exemplo, aí você foge de uma vez por todas de qualquer possibilidade de argumentação científica. O comentário sobre miscigenação é errôneo. Há milhões de linhagens hoje em dia que continuam não se misturando. Principalmente em países como os E.U.A. onde a segregação racial é fortíssima. 300 anos é um período bastante curto para se notar diferenças como as que você citou acima. Além disso, desconheço qualquer trabalho científico, feito nos últimos 300 anos, que comprove que não estão ocorrendo mudanças entre esses povos. Se de um judeu branco pode se originar um negro em 3.000 anos, creio que um décimo disso seria
suficiente para se notar uma mudança de 10%. Isso sem levar em conta grupos étnicos que se isolaram em condições climáticas
alheias há períodos maiores.
Quanto a segunda frase, não me decepcione. Essa é falácia do "Se ninguém provou que Mulas sem Cabeças não existem
então elas devem existir." Se todos os animais terrestres que existem hoje estavam presentes na Arca Da mesma maneira como os evolucionistas explicam: as aves voando e os animais terrestres provavelmente em jangadas naturais. Não é assim que os evolucionistas explicam, seria mais da forma a seguir. Como já explicado acima, não é difícil explicar o povoamente das ilhas continentais: como elas estão próximas aos continentes, podem ter estado ligadas a eles no passado, o que permitiria a migração dos animais. Exatamente, só que em períodos de tempo de milhões de anos. Já as ilhas oceânicas apresentam um problema mais difícil para o povoamento, pois estão distantes de qualquer continente. E nenhum evolucionista acredita que os animais e plantas que povoam estas ilhas surgiram lá. Eles são descendentes de animais que conseguiram alcançar estas ilhas de diferentes maneiras. Na verdade são, em sua maioria, descendentes de animais que ficaram presos nas ilhas quando elas se separaram do continente maior, HÁ MILHÕES DE ANOS! Os animais e plantas que chegaram até estas ilhas podem ter sofrido diversificação e originado novas espécies. Por exemplo, as várias espécies de tentilhões que habitam as ilhas Galápagos podem ter se diferenciado a partir de uma ou mais espécies que chegaram nas ilhas primeiro (todas estas espécies pertencem a uma mesma família e são bastante parecidas). Exatamente! Você está me saindo um bom Evolucionista. Já esta citando até Darwin! Por que os descendentes de Noé se dariam ao trabalho de transportar de navio, milhares de espécies que hoje só existem por exemplo das Ilhas Galápagos? E como implementaram a fauna? Como já citado anteriormente, estes animais podem ter migrado sem auxílio humano. Não acredito que os descendentes de Noé fizeram o transporte destes animais, muito menos de navio. Como já abordamos antes, através de um epopéico Êxodo migratório, de Cangurus, Diabos da Tasmânia e Ornitorrincos por exemplo. Sem direito a um profeta guia ou revelações no Monte Sinai. E não são só ilhas. Mas há também um continente inteiro em
questão, a Antártida. Que jamais possuiu qualquer ocupação humana até a Era
Contemporânea. Como os pinguins, que não nadam grandes distâncias em águas quentes, foram
até lá?
E quanto a fauna do Ártico? Ursos polares, raposas e gaviões de clima frio. Existiriam há menos
de 3.000 anos no berço da civilização? Sob que clima? Ou se adaptaram ao novo ambiente após
chegar lá? Como já citado anteriormente, a maioria dos criacionistas acredita que o clima era bastante ameno antes do dilúvio. Portanto, não existiam ursos polares e outros animais adaptados ao frio. Estas espécies devem ter surgido após o dilúvio, por diferenciação de outras espécies semelhantes (por exemplo, ursos pardos são muito semelhantes aos ursos polares e pertencem a uma mesma família) A "Maioria" dos Criacionistas?! Não existe consenso sobre algo tão essencial para a compreensão
da questão? No evolucionismo costuma haver divergências nas prioridades dos fatores que influenciam a Seleção Natural ou
a Variação Genética, mas há consenso total com relação a Idade da Terra, A Pangéia, as Eras Glaciais e etc.
Os Criacionistas não tem consenso nem quanto a isto?! Entendo porque. A Bíblia nada diz a respeito não? E voltando ao pequenos animais.
Haveria na Arca de Noé uma seção destinada aos insetos? Com milhões de
reservatórios rigidamente discriminados abrigando todo o conteúdo
necessário a sobrevivência das mais peculiares espécies algumas das quais
microscópicas e indistinguíveis visualmente? Os passageiros da Arca teriam
tão avançado conhecimento de Biologia a ponto de realizarem tão rigorosa
seleção, manutenção e transporte para depois depositarem as espécies em
locais específicos do planeta? Inclusive nas profundezas de cavernas recém
descobertas onde não há qualquer indício de incursão anterior humana.? Por
quê tão valioso conhecimento se perdeu?
Se os insetos ao invés de terem sido volutariamente trazidos, tivessem
apenas infestado a arca, imaginemos milhões de espécies artropóides,
inclusive as que não sobreviveram até a atualidade, convivendo com os
demais animais e 8 humanos, por 40 dias 8 humanos, por 40 dias. Estas perguntas também já foram respondidas. Correção, convivendo por mais de 200 dias na Arca. (Gn 8:4) E não! Essas perguntas não receberam
respostas satisfatórias. Tudo pode ser resumido nas questões em CAIXA ALTA no início do texto, que
basicamente são:
1) COMO OS ANIMAIS ESPECÍFICOS DE CADA REGIÃO FORAM CHEGAR ATÉ LÁ?
Cuja a resposta foi um honesto "Não sabemos" seguido de especulações sobrenaturais.
2) COMO AS MILHÕES DE ESPÉCIES VEGETAIS DE CADA REGIÃO DO MUNDO SOBREVIVERAM AO DILÚVIO?
3) COMO AS MILHÕES DE ESPÉCIES DE ARTRÓPODOS SOBREVIVERAM?
Cujo único argumento aproveitável foi o das jangadas naturais, ainda que anti-bíblico e insuficiente
para justificar a sobrevivência de todas as espécies que não resistiriam a variações de pressão e
temperatura tão drásticas, bem como as que não suportariam 40 dias debaixo de chuva ou mesmo 150
dias submersas a profundidades de milhares de kms.
4) COMO SOBREVIVERAM OS ANIMAIS AQUÁTICOS DE ÁGUA DOCE?(E/ou de água Salgada)
Que não foi respondido. Como pode-se conferir acima.
5) COMO SE DESENVOLVERAM AS DIVERSAS ETNIAS HUMANAS EM TÃO POUCO TEMPO?
Que recebeu uma resposta que é largamente contradita pelas evidências atuais.
Lembrando que essas perguntas foram direcionadas ao CRIACIONISMO "CIENTÍFICO" de TERRA JOVEM e
DILÚVIO UNIVERSAL. Que tem sido o mais expressivo mediante as eminentes figuras de Henry Morris, John
Withcomb (ambos citados por Frank), Duane T. Gish, Thomas G. Barnes e outros, todos PHDs.
Diferente de TODOS os sites Criacionistas que conheço, aqui eu cito os links para o ponto de vista
adversário, que no caso pode ser encontrado em:
WWW.CREATIONRESEARCH.ORG
E outros que podem ser encontrados na página EVOLUÇÃO ou CRIAÇÃO, nos quais
todos os brasileiros inclusive receberam e-mails de minha autoria com estas questões.
Ninguém Respondeu.
Portanto, com benevolência, considerei o argumento das jangadas naturais, e então a Criacionismo de Terra
Jovem obteve 4%, digamos 5, de desempenho nestas questões. Desnecessário dizer qual seria o resultado
se isso fosse um prova de Segundo Grau.
Por fim, impossibilitado de responder essas questões apesar do esforço, Frank de Souza Mangabeira, muda
de estratégia, e parte para a idéia de que a melhor defesa é o ataque, lançando uma série de perguntas mal
formuladas e mal direcionadas, mesmo porque na condição de um Não-Ateu e Evolucionista Teísta, muitas não se
aplicam a mim.
Como o texto tratava de QUESTÕES SIMPLES, que sejam inteligíveis para qualquer pessoa, achei extremamente
imprório que Frank tenha rebatido com tantas questões que exigem conhecimento mais elaborados de Filosofia,
Biologia e Física.
Além disso, como ele não respondeu as 5 Perguntas Simples, eu não devia nem responder a este contra-ataque.
Não obstante, o farei, na medida do possível, e de forma menos prolixa que puder. AGORA, MARCUS, TENHO UMAS PERGUNTAS PARA OS EVOLUCIONISTAS Ok! Vamos lá! 1. De onde veio o espaço para o Universo? Segundo o modelo do Big-Bang, Espaço e Tempo surgiram da expansão do Hiper Átomo Primordial, matemáticamente isso é demonstrável, de acordo com a Teoria da Relatividade. 2. De onde veio a matéria? Pela física atual ela sempre existiu. 3. De onde vieram as leis do Universo (gravidade, inércia, etc)? Difícil saber, poderiam ter se organizado imediatamente após o "Bang" devido a dinâmica de eventos, ou talvez já existissem antes. 4. Como pode a matéria estar tão perfeitamente organizada? "Perfeitamente" organizada é apenas uma opinião. Ela apenas é Organizada de acordo com as Leis do Universo local. Com a ação das Forças Gravitacionais, Eletromagnética, Nuclear Fraca e Nuclear forte, a matéria não poderia se organizar de outra forma. Isso equivale a perguntar como pode uma bolha de sabão ser esferóide. Devido a ação de certas forças. 5. De onde veio a energia para organizar tudo? Não sei o que quer dizer energia para organizar tudo, mas a energia é matéria em outra forma, provavelmente sempre existiu, a organização de deu devido as leis citadas acima. 6. Quando, onde e por que e como a vida veio de matéria morta? Há cerca de 3,5 Bilhões de anos, no nosso planeta Terra. Como, ainda é o objeto de estudo da Biogênese. Agora o porquê... Eu acredito numa tendência do Universo para a evolução da complexidade. 7. Quando, onde, por que e como a vida aprendeu a reproduzir-se? Vida só faz sentido com reprodução. Não existem formas de vida que não se reproduzem. Vale a mesma resposta acima. 8. O que fez a primeira célula capaz de reprodução sexual reproduzir-se? Esse é um dos 5 grandes enigmas da Evolução que ainda estão sem uma resposta consensual. 9. Por que os animais e plantas iriam reproduzir mais que seu tipo já que isto significaria que
teria mais bocas para alimentar e diminuiria as chances de sobrevivência? (O indivíduo tem mais
dificuldades em sobreviver ou a espécie? Como você explica isto?) Só o Ser Humano tem essa noção de consequência. Os demais seres vivos sequer sabem de que forma se reproduzem, não associam sexo e reprodução assim como a própria humanidade não fazia até certo momento da pré-história. O indivíduo tem muito mais dificuldade em sobreviver do que a espécie, creio que isso seja óbvio. É mais fácil matar um único elefante do que exterminar toda a espécie. 10. Como podem as mutações (recombinando o código genético) criar uma nova e
melhorada variedade? (Recombinar letras inglesas nunca iria produzir um livro chinês.) Normalmente não são as mutações que aperfeiçoam a espécie, mas sim o acúmulo da variação genética e da seleção natural. Se você recombinar uma única linha que monta um caracterer alfabético, produz uma letra num estilo diferente, com o passar do tempo, e o acumulo de variações, pode-se produzir uma escrita completamente diferente. 11. É possível que as similaridades no design entre os diferentes animais provam a existência de um Criador ao invés de um ancestral comum? Elas podem sugerir. Mas não provar. 12. A seleção natural só trabalha com a informação genética disponível e só tende a preservar uma espécie estável. Como você explicaria a complexidade crescente do código genético que precisava ter ocorrido, se a evolução fosse verdade? É uma longa explicação, que é amplamente fornecida por qualquer livro de evolução.
Tentarei resumir.
A Seleção Natural está subordinada aos fatores ambientais, de acordo com as condições, ela empurra a espécie numa direção
ou outra. O material genético, graças a variação comum e as mutações, não é sempre o mesmo, e vai se transformando com o passar
da gerações. A Seleção Natural na verdade trabalha com materiais progressivamente diferenciados.
O código genético é um cadeia de moléculas de substâncias químicas agrupadas, é facilmente alterável por diversos fatores.
Para que sua complexidade aumente, basta uma pequena reação química.
Mais a frente, tentarei exemplificar de forma simples. 13. Quando, onde, por que e como: Plantas Unicelulares?! Nunca ouvi falar! Quanto aos seres unicelulares se tornarem pluri, basta uma alteração e seu método de divisão celular, num processo de acúmulo de transformações que pode ser evidenciado numa pergunta similar: Como uma única célula se transforma em um Ser Humano? Onde estão as células intermediárias? b. Animais unicelulares evoluíram? Creio que Quando e Onde não venham ao caso, muito menos Por Quê, mas o Como pode ser respondido. Evoluíram graças A Derivação Genética, Mutação e a Seleção Natural. c. Peixes mudaram para anfíbios? Peixes não mudaram para anfíbios. Houve uma grande série de elos intermediários entre espécies que possam ser consideradas Peixes e outras que possam ser consideradas Anfíbios. É equivalente a achar que um bebê se torna um adulto da noite para o dia. d. Anfíbios mudaram em répteis? Idem. e. Os répteis mudaram para pássaros? (Os pulmões, ossos, olhos, órgãos reprodutores, coração, método de locomoção, pele são todos diferentes!) Como viviam as formas intermediárias? Idem. E nem são tão diferentes. Há semelhanças análogas entre todas as espécies. Na verdade muitos consideram os próprios dinossauros como representantes de elos entre Répteis e Pássaros. Como viviam? Nasciam, se alimentavam, cresciam, se reproduziam e por fim morriam. 14. Quando, onde, por que e como: Creio que não seja o caso de explicar um por um, cada fenômeno evolutivo em si. Demoraria dias e gastaria muito tempo e espaço em HD. Basta uma explicação genérica, que será dada ao final. 15. O que evoluiu primeiro (como e em quanto tempo, funcionou sem os outros)?: O mesmo vale para esse trecho. Não caberiam aqui explicações tão extensas e nem eu poderia dá-las em sua maioria. Essas não são QUESTÕES SIMPLES! E ainda por cima tentam abusar dos paradoxos de Causa e Efeito. 16. Há muitos milhares de exemplos de simbiose que desafiam uma explicação evolutiva. Por que devemos
ensinar nossos estudantes que a evolução é a única explicação para estas relações? Apenas por que ela É A ÚNICA EXPLICAÇÃO!!! 17. Como explicaria a evolução o mimetismo? Desenvolveram os animais e plantas por acaso o mimetismo, por sua opção racional ou por plano? Pela Seleção Natural Cumulativa, e as Variações Genéticas! 18. Quando, onde, por que e como o homem desenvolveu sentimentos? Amor, piedade, culpa, etc. nunca evoluiríam na teoria da evolução. O Ser Humano possui bases biológicas de comportamento, como instintos de proteção, reprodução e etc. Mas o desenvolvimento mais refinado se deu de forma Cultural, onde a Teoria da Evolução, que é Biológica, não se aplica, e sim teorias Antropológicas e Psicológicas. 19. *Como evoluiu a fotossíntese? Através da Seleção Natural e Variabilidade Genética. 20. *Como evoluiu o pensamento? Através do desenvolvimento Cultural, especialmente acelerado graças a reflexão filosófica, e especialmente retardado graças a fanatismos religiosos como o Fundamentalismo Bíblico. 21. *Como as plantas com flores evoluíram e do quê? Pela enésima vez, através da Seleção Natural e Deriva Genética! 22. *Há uma clara predição de macroevolução que tem sido demonstrada verdadeira? Sim! Citarei só 3:
1 - Quanto mais distantes entre si na escala evolutiva, mais as espécies diferem em DNA, e vice-versa.
2 - Quanto mais isolado o ambiente, mais as espécies tendem a se diferenciar. Todo nicho ecológico muito remoto que é encontrado,
como cavernas e fundos de lagos congelados, tem apresentado espécies radicalmente díspares.
3 - Jamais poderemos encontrar um fóssil de uma espécie numa época anterior ao surgimento da mesma na escala evolutiva. Um simples
fóssil de hominídeo de mais de 50 milhões de anos derrubaria todo o paradigma evolutivo atual. 23. *Você acredita honestamente que tudo veio do nada? Não. Nem eu e nem cientista algum que eu já tenha ouvido falar. A não ser que se considere como NADA o Vácuo
Quântico que alguns cosmólogos tem proposto.
Agora você, se é um Criacionista genuíno e crente na Bíblia, com certeza deve acreditar. Pois CRIAR, literalmente, significa
produzir do NADA. Segundo a Bíblia Jeová não usou protomatéria alguma, e a mesma não poderia ter simplesmente emanado dele, ou
isso seria PANTEÍSMO. Depois de você ter respondido às questões, por favor, veja cuidadosamente suas respostas e considere as perguntas seguintes. 1. Você está seguro que suas respostas são racionais, corretas e cientificamente comprováveis, ou crê que simplesmente as coisas aconteceram como você respondeu? (Estas respostas refletem sua religião ou a ciência?) Elas com certeza são racionais e coerentes, corretas, já é uma outra história. Cientificamente comprováveis, só as que refletem o paradigma evolutivo atual. Elas refletem a Razão, e portanto, para mim, preferencialmente minha Filosofia. 2. Suas respostas mostram mais ou menos fé do que uma pessoa que diz "Deus deve ter projetado isto?" Muito menos. Pois elas se apoiam em evidências simples da realidade, tais como "Todas as Coisas se Transformam", e que "Não Existe Criação"! 3. É possível que um Criador inadvertido desenhou este Universo? Se Deus é excluído do princípio da discussão por sua definição de ciência, como poderia ser mostrado que Ele criou o Universo se Ele fez? Sim. É possível. E poderia ser mostrado se os dados da realidade apontassem inequivocamente para isso. 4. É sábio e justo apresentar a evolução aos estudantes como fato? Claro! Ela é um fato! Até você mesmo a admite "dentro de certos limites" não? Na pior das hipótese a Teoria da Evolução apenas exagera uma fenômeno real, enquanto o Criacionismo propõe um fenômeno absolutamente contrário a todas as leis naturais. 5. Qual é o resultado de uma crença na evolução (estilo de vida, sociedade, atitude para com os outros, o destino eterno, etc.)? Resulta em descobrir que nossa espécie tendo atingido o ápice da complexidade no Universo, e sendo Auto Consciente, é a única capaz
de definir e dirigir seu próprio destino. Coloca a responsabilidade em nossas próprias mãos e nos obriga a lutar por um mundo melhor Aqui e Agora. Mostra
que nossa Humanidade é o maior e mais belo produto do Universo, e que renegá-la seria uma estupidez. Portanto devemos superar nossos elementos animais
e escaparmos das leis cegas da Seleção Natural e construirmos nossa sociedade baseada em valores humanos que só nós possuímos.
Enquanto aceitarmos que a Natureza haja sobre nós com suas leis brutais de sobrevivência, jamais poderemos realizar o que há de melhor em nós mesmos,
nossa Humanidade. E uma das maiores formas de permitir que as leis selvagens nos governem é disfarça-las de Leis Divinas, como por exemplo: CRESCEI E
MULTIPLICAI! Que é evidentemente um diretriz instintiva básica da Natureza.
Não conseguiremos fazer nada disso enquanto crermos nos efeitos colaterais da Evolução Cultural, que são as crenças em deuses, demônios ou fenômenos
sobrenaturais. Não construiremos um mundo melhor se acreditarmos que profecias apocalipticas estão sendo realizadas, e que nada
podemos fazer para deter esse desígnio divino a não ser crer numa doutrina formulada por uma dúzia de homens totalmente imersos
nas condições culturais de sua época, sem a menor idéia do que a história reservaria à humanidade nos
milhares de anos subsequentes, e que formularam sua fantasia baseada em crenças tribais de povos bárbaros e sanguinários, e em
alegados eventos miraculosos que ou não foram vistos, ou só foram experienciados durante um ataque epiléptico. 6. As pessoas aceitam a evolução devido aos fatores seguintes? a. Isso foi tudo o que elas foram ensinadas. Sim! A maioria delas. Porém se quiserem examinar mais detidamente os fatos, e não possuírem entraves psicológicos violentos como crenças em deuses vingativos, poderão constatar a superioridade racional da Teoria Evolucionista sobre qualquer outra forma de explicação. b. Elas gostam da liberdade de Deus (nenhuma moral absoluta, etc.). Para variar, você está confundindo Evolucionismo com Ateísmo. A maioria ESMAGADORA dos que aceitam a Evolução crêem em algum tipo de Deus. Mas é claro que o Evolucionismo é um reforço ao Ateísmo, não há dúvida. Gostar disso, já é uma outra questão. c. Elas se unem para apoiar a teoria com medo de perder o seu trabalho ou status. Elas apoiam a Teoria por que quando examinam os fatos SEM MEDO de estarem blasfemando contra Deus ou estarem sob influência de Satanás, percebem que não há outra explicação. d. Eles estão muito orgulhosos para admitir que estão equivocados. Pode acontecer. Porém a natureza não fornece dados que permitam abalar as premissas fundamentais da Evolução. Se houvessem evidências concretas da Criação no mundo real, haveria Criacionistas não Religiosos. e. A evolução é a única filosofia que se pode usar para justificar sua agenda política. Não sei que agenda política. Tenho visto inúmeros políticos se baseando em religião, como PSC ou o Partido do
Edir Macedo. Mas nunca ouvi falar em algo como PEB (Partido Evolucionista Brasileiro).
De certo conceitos Evolucionistas foram equivocadamente aplicados para justificar certas políticas, mas é daí? O Cristianismo também
já foi usado para promover as maiories atrocidades já cometidas na História. 7. Devemos continuar usando evidências antigas, desaprovadas, inconclusivas e incorretas para apoiar a teoria da evolução porque nós não temos um substituto convincente (Homem de Piltdown, recapitulação, archeoptérix, Lucy, Homem de Java, Homem de Neanderthal, a evolução do cavalo, órgãos rudimentares, etc.)? Claro que não. E nem precisamos, pois temos inúmeras evidências aprovadas, conclusivas e corretas para apoiar a Evolução, entre elas todas as que você citou, que só são desaprovadas por Fundamentalistas Religiosos. Reflita, ao tentar responder. Não tive dificuldades para responder, mas refleti bastante, e como sempre, cada vez mais concluo que o CRIACIONISMO não passa de uma Apologética Fundamentalista Relgiosa, sem qualquer compromisso com a realidade mas sim com seus Dogmas irracionais e ultrapassados, e sem qualquer competência para outra coisa que não reforçar a crença cega na Gênese Bíblica. Sinceramente, Frank De qualquer modo, tenho que agradecer muito ao Colega FRANK DE SOUZA MAGABEIRA, até agora meu mais participativo
visitante, pela sua contribuição. Espero que o conteúdo desta discussão jamais transgrida os limites do intelectualismo e que sirva
para que pessoas possam decidir a respeito de suas conviccões.
Por fim. Vejamos agora uma exemplificação de um processo evolutivo de acordo com o Neodarwinismo, que sirva para responder parte das
perguntas acima e ajude à compreensão de conceitos básicos sobre Evolução.
Mais uma vez insisto em utilizar elementos simples. Nada de exigir explicações sobre fotossíntese, enzimas digestivas de
térmitas ou processos de divisão celular. Utilizarei conceitos evolucionistas para demonstrar como eles explicam facilmente
a distribuição geográfica das espécies, impossíveis de serem explicadas quando se crê em lendas como Criação Divina e
Dilúvio Universal.
ILUSTRAÇÃO DE PROCESSO EVOLUTIVO
Para evitar repetir exemplos clássicos de livros ou usar exemplos reais, formularei um raciocínio que ainda que hipotético,
reflete bem a maneira como a Biologia entende o processo de especiação.
Imaginemos uma ilha onde há uma extensa planície de vegetação rasteira ao centro, uma floresta a oeste e formações
arenosas a leste. Entre outras espécies, vive um tipo de felino de tamanho médio que chamaremos Grifon, devido a um tipo
de juba nas costas que lembrariam assas.
Esses Grifons possuem um tamanho médio, e variam naturalmente cerca de 20% para maior ou menor, assim como pode ser
observado em qualquer animal. Também a cor de seu pelo, normalmente amarela, varia para um amarelo claro ou escuro.
Essas variações se dão devido a Deriva Genética, o fato de que cada espécie produz descendentes ligeirmente diferentes
de si, ou filhos seriam absolutamente idênticos aos pais. Isso ocorre devido ao processo de cruzamento resultar em misturas
de genes, informações sobre as características da espécies, que sempre podem trazer novidades.
Os Grifon maiores e mais pesados são mais fortes, os menores e mais leves são mais ágeis e rápidos. Eles podem caçar
herbívoros grandes ou pequenos. Os maiores preferem pegar os grandes, que também são mais lentos, os menores preferem não
enfrentar o herbívoros grandes, mas sim caçar os menores que são também mais rápidos. Os de tamanho médio possuem uma
gama de opções maior.
A cor de pêlo amarela favorece o mimetismo a luz do dia, a capacidade de se disfarçar no ambiente e surpreender a caça,
cores mais escuras favorecem o desempenho em período menos iluminados do dia, e as cores mais claras são menos vantajosas.
Porém a espécie está muito bem adaptada ao ambiente, de modo a ser estável. A maioria dos indivíduos apresenta a pelugem
amarelada média e o tamanho médio, sendo que os escuros, claros, pequenos e grandes constituem parte minoritária da
população, pois a Seleção Natural favorece a média.
Então numa certa época, devido ao movimento de placas, e erupções vulcânicas, a ilha acaba por se dividir, separando a
população de Grifons, que ficam isoladas em ilhas distintas.
Na ilha Oeste a vegetação é mais alta e mais escura, ficando mais próxima a uma densa floresta, na ilha leste a vegetação
é ainda mais rasteira, se aproximando de formações de areia clara. Com isso, as populações estarão agora submetidas a
condições ambientais diferentes.
O ambiente da ilha Oeste favorece os indivíduos de pelo mais escuro, e de tamanho menor, pois a vegetação é mais
emaranhada, e dentro da floresta não há grandes herbívoros mas sim pequenos.
Na ilha Leste a vegetação mais baixa e as planícies arenosas favorecem os indivíduos de pelo mais claro, assim como a
presença de muitos herbívoros grandes favorece aos Grifons maiores e mais fortes.
Em ambos os casos, a Seleção Natural deixa de favorecer a média, e passa a favorecer os extremos. Antes, um indivíduo 20%
maior tinha mais dificuldade em obter comida, agora, na ilha Leste passa a ter mais facilidade, e vice-versa.
Esses indivíduos dos extremos, que antes viviam menos, em piores condições e tinham menos chances de se reproduzir, agora
passam a se beneficiar dos ambientes em que estão. Em algumas dezenas de anos, na ilha Oeste, o tamanho menor deixa de ser
minoria para ser maioria, e o tamanho grande praticamente não tem chances de sobrevivência, sendo então eliminado. Temos
então na ilha Oeste uma população de Grifons menores e de pelo escuro, e que também passa a cada vez mais adquirir hábitos
noturnos.
Por outro lado na ilha Oeste, passa a haver Grifons maiores e de pele mais clara, de hábitos diurnos. O Grifon em sua
forma original, tamanho médio e pelo amarelo em tom mediano, acaba sendo extinto.
Centenas de anos depois, as diferenciações vão se acentuando. Antes um tamanho 10% menor já era pouco comum, 20% era raro,
e menor que isso praticamente inexistente. Agora na ilha Oeste, a média é um tamanho 20% menor que o original, e então
ocorrências de tamanhos ainda menores tem mais chances para acontecer. O oposto ocorre na ilha Leste.
Chegara um momento em que a Deriva Genética terá se acentuado tanto, em direções opostas, que essas populações passam
a ter códigos genéticos excessivamente diferentes para serem capazes de cruzar entre si, ficando então reprodutivamente
isoladas, e finalmente se tornando espécies diferentes.
A especiação está concluída.
Se posteriormente elas puderem se encontrar de novo, devido a junção das ilhas a uma ilha maior, ou algum fenômeno tectônico
reverso, não mais poderão se misturar, mantendo então seu estado de espécies distintas. Teremos então Grifon Escuro da
Floresta, menor e mais rápido, e de hábitos noturnos, e o Grifon Branco das Estepes, muito maior e mais forte.
Há inúmeras outras maneiras de haver isolamento geográfico, podem ocorrer surgimento de cordilheiras, abertura de fissuras,
formação de desertos ou etc, que separem mais rapidamente as populações. Ou ela podem simplesmente se espalhar e perder o
contato com seus ancestrais. Com o tempo cada população se adapta ao ambiente, sofrendo uma série de mudanças, a forma
original tende a desaparecer.
Com esse exemplo, podemos entender porque os animais da América do Sul são diferentes dos da África, e ainda mais dos da
Oceania, pois antes havia um único continente, e após muito milhões de anos existem vários, onde as espécies passaram a se
especiar segundo suas condições específicas. Por isso embora haja felinos, caninos e roedores tanto nas Américas quanto na
África, eles são diferentes entre si.
Como nunca existiu Dilúvio Universal, e a Terra possui 4,5 Bilhões de anos, esses animais tiveram tempo mais do que
suficiente para a partir de ancestrais comuns, darem origem a novas espécies relativamente estáveis, e que não sofrem
mudanças perceptíveis em período menores de tempo, como menos de 10 mil anos.
Isso explica a existência de Capivaras exclusivas no Brasil, Cangurus na Austrália, ao mesmo tempo que explica por que
há Ursos tanto na Ásia quanto no Canadá, pois são continentes mais próximos. Quando maior a distância entre as terras, mais
as espécies tendem a se diferenciar.
Creio que esse exemplo sirva para ilustrar e responder algumas das perguntas feitas por Frank de Souza Mangabeira. Como eu
disse, não precisei apelar para nenhum conceito que fuja a compreensão da maioria das pessoas, Seleção Natural e Deriva
Genética são simples. Não precisei de nenhum milagre ou evento altamente improvável como migração organizada de animais
através de extensos caminhos. Diferente do que os Criacionistas pensam, também não é necessária a participação da Mutação,
pois ela em geral, sendo uma mudança muito drástica, tende a deixar o indivíduo em desvantagem com relação ao ambiente onde
sua espécie está adaptada.
Esse exemplo pode até não ser cientificamente comprovável, pois não temos como promover uma experiência deste tipo, mas
ele se baseia em fenômenos que de fato existem, e é perfeitamente coerente. Qualidades que o Criacionismo não tem.
Marcus Valerio XR Finalmente, em 31 de OUTUBRO de 2002, Frank me enviou novos comentários desta vez feitos por uma criacionista que é Doutora em Microbiologia. Confira em: RESPOSTAS DA Dra MÁRCIA OLIVERIA DE PAULA |