ATENÇÃO

Quando no recebimento, resposta e publicação desta mensagem eu ainda possuia a informação de que os argumentos eram de Frank de Souza Mangabeira, que só posteriormente viria a me confessar que os mesmos já eram da Dr. Márcia, o que resulta em uma pequena confusão com relação a quem era de fato meu interlocutor dado minha preferência em não alterar minhas respostas originais.

Marcus Valerio XR


SEGUNDA PARTE DOS
COMENTÁRIOS DA Dra MÁRCIA OLIVEIRA SOBRE AS:


QUESTÕES SIMPLES QUE O CRIACIONISMO NÃO RESPONDE

Debatidas entre Frank de Souza Mangabeira e Marcus Valerio XR

Antes de dar prosseguimento a este "debate sobre um debate", gostaria de agradecer novamente a participação da cientista criacionista Márcia Oliveira de Paula, Doutora em Microbiologia, com a qual me sinto honrado em poder discutir.

A Dra Márcia ao possuir conhecimentos específicos da Área pode introduzir assuntos para os quais não estou qualificado a discutir, porém no caso deste debate isto não vem a ser um problema, pois seu objetivo é demonstrar que o Criacionismo "Científico" é incapaz de explicar uma coisa simples, a Distribuição das Espécies através do Planeta, por estar comprometido com o mito do Dilúvio Universal e com a crença numa Terra de menos de 10 mil anos de existência criada por Deus em 6 dias literais.

Sendo assim, não importa a qualificação do Criacionista, permanece a dificuldade para responder as seguintes questões:
1-Como os animais específicos de cada região chegaram até estas?
2-Como sobreviveram os vegetais de cada região do mundo?
3-Como sobreviveram as milhões de espécies de animais inferiores?
4-Como sobreviveram os animais de água doce, ou salgada dependendo da salinidade das águas do Dilúvio
5-Como as etnias humanas se diferenciaram em menos de 4 mil anos?

Tal dificuldade deriva do modo como o mito do Gênesis é estruturado, pois o dilúvio global e a criação especial, surgidos num contexto onde não se tinha a menor idéia da forma e da extensão do planeta, criam uma situação até agora insolúvel.

Quem se dispuser a ler os textos anteriores notará que Frank de Souza Mangabeira não conseguiu dar respostas criacionistas satisfatórias para nenhuma destas questões, a não ser apelando para várias hipóteses sobrenaturais que sequer são descritas na Bíblia, e dessa forma o Criacionismo se priva de suas pretensões científicas.

Ao se propor a comentar este debate a Doutora Márcia também não pôde oferecer respostas, preferindo introduzir novos assuntos que não estavam previstos na proposta original. Porém, como já estou conformado com o fato de que as questões não serão respondidas, só nos resta então comentar os outros aspectos gerais que emboram não venham ao caso, servem para compreender melhor o Criacionismo "Científico".

Volto a parabenizar a Dra Márica pela sua honestidade, ao assumir seu comprometimento religioso indissociável do Criacionismo. Considero esta postura muitíssimo mais sensata e sincera do que fingir que o Criacionismo deriva da simples observação da natureza, como se não houvesse a necessidade de se converter primeiro à religião para depois assumir a postura de um "cientista" da criação.

Marcus Valerio XR
18 de Janeiro de 2003


XR:(...)Vamos ver o que nossos PHDs Henry Morris e John Whitcomb tem a dizer.
Uma possível explicação para isso é que o resgistro fóssil é muito incompleto para registrar as migrações de animais após o dilúvio. Sob certas circunstâncias, a presença anterior de um grupo de animais em uma região pode não ser detectada no registro fóssil. Pode ser esperado que o número de indivíduos que migraram era muito pequeno e/ou que o grupo ficou em cada região apenas por períodos curtos.
A second possible explanation is that the fossil record is too incomplete to record the migrations of animals after the flood (Whitcomb and Morris 1961:83). Under certain circumstances, the former presence of a group of animals in a region might not be detectable in the fossil record. This might be expected if the number of individuals was very small, and/or if the group spent only a short time in the region.
XR:O que me irrita nos Criacionistas é a Hipocrisia! Esses mesmos senhores não hesitam em acusar os cientistas de não terem Evidências Fósseis para corroborar a Evolução, pois queriam que houvesse amplos e completos registros fósseis de todas as espécies existentes evidenciando suas transições. A respota Evolucionista é óbvia, o registro fóssil é incompleto devido a vários fatores, mas essa explicação não é aceita e é usada como prova negativa da Evolução. Agora eles mesmos apelam para o mesmo raciocínio quando lhes convém. Por que teríamos de aceitar essa explicação?

As migrações de animais, segundo os criacionistas, devem ter acontecido em milhares de anos. Já as transições esperadas entre todos os grupos animais e vegetais, segundo a teoria da evolução, devem ter se processado em períodos muitíssimo mais longos, durante milhões e bilhões de anos. Em qual dos dois casos você acha mais provável que inexistam os fósseis?

Ora! É uma via de mão-dupla. Se por um lado um maior período de tempo implica em maior número de esqueletos para possivelmente serem fossilidados, por outro lado um período mais recente implica em maior probabilidade dos fósseis serem achados por estarem mais próximos da superfície e terem sofrido menos a ação desgastante do tempo.

Além disso, os criacionistas acreditam que a maior parte do registro fóssil foi formada durante o dilúvio, que ofereceu condições ideais para isso (presença de água, morte abrupta de animais e plantas e soterramento rápido dos organismos mortos). Depois do dilúvio os processos de fossilização teriam sido muito mais raros.

Ou seja. Para justificar que as inevidências dos fenômenos que eles propõem alegam a raridade da fossilização, para enfrentar a esmagadora gama de evidências que os evolucionistas possuem, alegam que tudo pode ser resumido no milagroso Dilúvio Bíblico.

Temos então pesos e medidas diferentes. Todo conhecimento conquistado pelos Evolucionistas é aceito, cooptado, distorcido e usado quando convém aos criacionistas, porém os elementos que entram em choque inevitável com a doutrina religiosa da criação, são simplesmente ignorados, negados ou sofismados.

XR:Mas independente disso, eu tenho dificuldades em não rir ao imaginar um grupo de Capivaras, ou Antas, Tamanduás ou Tatus, migrando através de desertos, planícies geladas, numa longa peregrinação rumo ao interior do Brasil.
Há boas razões para supor que uma espécie poderia migrar da arca para a América do Sul sem deixar qualquer evidência. Muitas espécies fósseis são conhecidas em apenas uma ou poucas ocorrências e o registro fóssil é obviamente incompleto em termos geográficos. A formação de fósseis no mundo atual é relativamente rara. Um exemplo de quão incompleto é o registro fóssil em termos geográficos foi a descoberta de um fóssil de marsupial na Tailândia. Este é o único marsupial fóssil encontrado no sudoeste asiático. De onde ele veio e como chegou até lá? Foi encontrado um fóssil na Alemanha identificado como um tipo de tamanduá sul-americano, apesar de esta identificação ter sido desafiada. Se esta identificação for aceita, o fóssil alemão é a única evidência conhecida da existência da família do tamanduá fora da América do Sul. Muitos outros exemplos poderiam ser citados para mostrar que não se pode confiar nos fósseis como o registro completo da distribuição geográfica de uma espécie.
There are good reasons to suppose that a species could migrate from the ark to South America without leaving any evidence. Many fossil species are known from one or a few occurrences, and the fossil record is obviously geographically incomplete. Fossil formation in the present world is relatively rare, so absence of evidence is not the same as evidence of absence. An example of the geographical incompleteness of the fossil record is the discovery of a fossil marsupial in Thailand (Ducrocq et al. 1992). This is the only marsupial fossil known from southeastern Asia. Where did it come from, and how did it get there? A fossil found in Germany has been identified as a South American type of anteater (Storch 1981), although this identification has been challenged (Branham and Gaudin 1997). If the identification is accepted, the German fossil is the only known evidence of the existence of its family outside of South America and its margins. "Horned" turtles are known only from Paleogene deposits of South America and Quaternary deposits of Australia and New Caledonia (Benton 1993). Surely, there must be much missing information on their distributional history. Many other examples could be cited to show that fossils cannot be relied on for a complete record of a species geographic distribution.
XR:Não sei que boas razões existem para crermos nas Capivaras, Lobos-Guará ou Onças Pintadas promoveram essa ODISSÉIA pelo Globo. A não ser que tenhamos que aceitar a revelação Bíblica a qualqer custo e adequar os dados da realidade seja com que consequências para a Razão.
Pelo menos dois processos relativos ao dilúvio poderiam explicar porque o registro fóssil pode ser especialmente incompleto quando os animais estavam se dispersando da arca. Em primeiro lugar, se certos grupos tiveram uma direção instintiva para migrar da arca diretamente para a América do Sul, eles devem ter realizado tal dispersão em um período de tempo curto e provavelmente com poucos indivíduos. É bastante improvável que tais grupos deixassem qualquer evidência fóssil de sua passagem através da região. Também já foi proposta uma direção sobrenatural da migração.
At least two processes relating to the flood could explain why the fossil record might be especially incomplete when the animals were dispersing from the ark. First, if certain groups had an instinctive drive to migrate from the ark directly to South America, they might accomplish such dispersal in a short time, and with only a few individuals. It is highly unlikely that such groups would leave any fossil evidence of their passage through the region. Supernatural direction of migration has been proposed (Whitcomb and Morris 1961:86; the idea is mentioned in Briggs 1995:5).
XR:Não sei que processos relativos ao Dilúvio poderiam explicar a ausência de registros fósseis de espécies que viveram DEPOIS do Dilúvio! Como poderiam eles migrar, instintivamente, DIRETO para a América do Sul?! Só se fosse pelo mar! E por fim, rendidos à irracionalidade destas explicações fajutas, apelam para a possibilidade do sobrenatural!
Essa é a "Ciência" Criacionista!

O segundo fator que poderia resultar em mudanças rápidas na distribuição das espécies seriam mudanças rápidas no clima logo após o dilúvio. Por exemplo, se o clima se tornasse mais frio, espécies que gostam de calor tenderiam a expandir sua distribuição para os trópicos (movendo-se para o sul) e retirando-se do norte. Se este processo aconteceu logo após o dilúvio, as populações das espécies poderiam ser relativamente baixas. Grupos que viveram em uma região durante um curto período, com baixos níveis populacionais, poderiam ter facilmente escapado de terem sido preservadas no registro fóssil daquela região, mesmo que sejam conhecidos fósseis delas em outras regiões.
Rapid changes in climate soon after the flood are a second factor that could result in rapid changes in species ranges. For example, if the climate were becoming cooler, heat-loving species would tend to expand their ranges toward the tropics (moving southward) and retreat from the north (see Figure 11). If this process occurred soon after the flood, species populations might still be relatively low. Groups that lived in a region for a short time, with low population levels, might easily escape detection in the fossil record of that region, even though they are known as fossils from another region.
XR:Tente imaginar... Lhamas no centro da Ásia, então um fenômeno climático as faz migrar para o Leste, provavelmente uma ponte de gelo as permitiu atravessar o estreito de bering e chegar ao Alasca. Por sinal locais onde o constante frio favorece a preservação de cadáveres quase perfeitos de vários tipos de animais. Se estabelecem onde hoje é o Canadá. Então outro fenômeno climático as empurra para o que viria a ser o Texas, e assim por diante, cruzando as florestas de sequóias americanas, atravessando a Amazônia, e por fim a Cordilheira dos Andes para chegarem até o Peru ou Chile.
Mas afinal que droga é essa?! Quer dizer que a Sibéria e o Alasca já foram quentes nos últimos 4 mil anos?! Ou que o Texas ou Deserto do México já congelaram?! Espero que isso deixe claro por que esses Srs PHDs arracam risos da comunidade científica!

XR:Como Noé as buscou nas diversas partes do mundo para levá-las para a Arca?
Se existiam todas no Velho Mundo, como poderiam conviver com os animais de climas gelados e os de climas desérticos?

FRANK:Na época de Noé só havia um continente. Todos os continentes atuais estavam juntos formando a Pangéa. Os animais que entraram na arca podem ter migrado de locais bastante distantes. Mas não é necessário que regiões remotas tenham sido povoadas por animais antes do dilúvio. Os criacionistas geralmente aceitam que, antes do dilúvio, o clima era ameno e não existiam nem ambientes gelados nem desertos. Provavelmente, espécies adaptadas a estes locais surgiram após o dilúvio.
XR:A-há!!! A Pangéa! Como eu disse antes, agora ele cai na própria armadilha, como explicarei adiante. Mas antes, e quanto a essa alegação, que já admite Evolução dentro de certos limites, como será explicado mais adiante, sobre aceitarem a adaptação dentro de espécies? Tudo bem que o Urso Polar é uma espécie de Urso, é que o Leopardo das Neves uma espécie de Leopardo. Mas você poderiam me mostrar uma espécie sequer remotamente similar ao Pinguim que não viva em regiões geladas? Vamos ver no que isso vai dar mais para frente.

Interessante, nunca havia pensado no caso do pinguim. Realmente, ele é um animal adaptado a climas frios.

Casualmente eu estava lendo a revista "Seleções", de janeiro de 2000. Nela saiu um artigo sobre pingüins que vivem na Ilha Pan de Azúcar, na margem do Deserto de Atakama. Eles são chamados de pingüins de Humboldt e pertencem à espécie Spheniscus humboldti. Pois bem, eles são iguaizinhos às outras espécies de pingüins que conhecemos mas, ao contrário do pingüim-imperador e pingüim-real, seus parentes antárticos, vivem sob o sol escaldante de um dos desertos mais secos do mundo, com baixíssimo índice pluviométrico e temperaturas elevadas. Vivendo e aprendendo sobre as nossas limitações de conhecimento.

Mas o Deserto de Atacama fica abaixo do Trópico de Capricórnio. É um lugar geralmente frio apesar de seco. Um Deserto não implica necessariamente num local quente. Além disso os pinguins vivem numa ilha, e sendo assim tem acesso constante a água do mar, é bem diferente do que se eles vivessem no meio do Oriente Médio.

Apesar de preferirem climas frios, os pinguins demonstram certa resistência, tanto que já foram encontrado pinguins perdidos até nas praias do Rio de Janeiro.

Mas de qualquer modo você tem razão. A natureza está repleta de surpresas e tenho certeza que muitas maravilhas ainda serão descobertas.

XR:Agora quanto a Pangéa, uma constatação da Geologia Evolucionista, vejamos que interessante. A Deriva Continental já foi medida como sendo da ordem de mínimos centímetros por ano, por isso demoraram MILHÕES de anos para os continentes estarem na posição atual. Mas se isso tivesse ocorrido há cerca de 5 mil anos, para facilitar o cálculo, então uma parte da América do Sul que esteja a 5 mil kms da África se move na velocidade média de um quilômetro por ano não?

A maior parte da Deriva Continental deve ter acontecido durante o período de um ano em que ocorreu o dilúvio e após ele. Depois disso, os continentes continuaram a se afastar, porém de forma mais lenta, até chegarem à velocidade com que se afastam hoje.

Mais uma vez, para escapar ao beco sem saída que o Criacionismo de Terra Jovem e Dilúvio Universal os coloca, os criacionistas formulam hipóteses sem qualquer base na realidade observável. Tenho certeza de que nenhum geólogo apoiará essa suposição, a não ser talvez um criacionista, que precisará se converter primeiro, se comprometer com a Inerrância Bíblica e depois, numa atitude quase desesperada, construir alguma acrobacia intelectual para sustentar essa hipótese. Se é que isso já não foi feito.

Sou suficientemente alfabetizado em Física para saber que um movimento tectônico desta natureza teria deixado marcas notáveis na geografia dos continentes. Onde estão elas? Ou temos mais um milagre?

XR:Um deslocamento dessa magnetude seria percebido por qualquer pescador. Seria impossível sequer fazer construções marítimas duráveis, e como qualquer habitante do litoral pode perceber, não tem havido um deslocamento de um quilômetro por ano nas praias.

Se a deriva aconteceu durante o dilúvio, não havia seres humanos fora da arca para percebê-la. Segundo James Gibson, "A água não foi o único agente envolvido na catástrofe mundial. As camadas fósseis contêm mais de 100 crateras formadas por impactos de objetos extraterrestres tais como asteróides, meteoritos e cometas . A crosta terrestre passou por grandes modificações durante o dilúvio. Sem dúvida, a chuva teve um papel importante, mas houve muito mais do que chuva na catástrofe conhecida como o dilúvio".

Mais outra suposição tão sem base científica quanto sem base bíblica, o que seria estranho porque a bíblia cita inúmeras ocasiões em que pedras caem do céu, porque omitiria isto na narrativa do dilúvio.

Eventos muito curiosos ocorreriam numa situação como essa. Se os impactos meteóricos tivessem ocorrido com a águas já altas, crateras como a do deserto do arizona teriam sido causadas por choques capazes de levantar colunas de água de kms de altura cobrindo o globo a velocidades supersônicas. Com mais de 100 impactos causando eventos como estes a Arca de Noé não poderia ter resistido.

Caso os impactos tivesem ocorridos antes das águas, as ondas de choque não seriam menos devastadoras, colunas de fogo e vento fortíssimas teriam aniquilado toda a superfície, a Terra ficaria parecida com a Lua se 100 impactos dessa magnetude tivessem ocorrido em curto espaço de tempo.

E por fim, os geólogos não localizaram nenhum vestígio de impacto meteórico capaz de alterar a geografia continental nos últimos milhares de anos, e mesmo que achassem, não vejo como impactos de meteoros poderiam resultar num afastamento de continentes sem deixar marcas claras como crateras.

XR:Poderiam então dizer que o afastamento ocorreu apenas por um tempo e depois se estabilizou, o que teria ocorrido há pelo menos 500 anos, ou os navegadores portugueses teriam percebido. Gostaria de saber que evidências geológicas existiriam para essa espetacular "Freada" tectônica. Além disso, as civilizações antigas como China, Egito, Grécia e etc, que já possuíam consideráveis conhecimentos, muito provavelmente teriam notado um afastamento de terras dessa amplitude, o que com certeza reverberaria no Mediterrâneo, além de possuir devastador impacto tectônico.
A idéia da Pangéia com certeza explica muito, mas só funciona num período muito mais extenso de tempo, milhões a bilhões de anos, o suficiente para inúmeras espécies serem divididas e cada divisão em continente separada dar origem, através de centenas de milênios, a novas espécies através da Deriva Genética e Seleção Natural.

Mais uma vez, a teoria da evolução explica como novas espécies poderiam surgir através da deriva genética e seleção natural. Eu realmente gostaria de saber como ela explica a origem de novas famílias, ordens, classes e filos pelos mesmos processos.

Espere! Você pode até dizer que não acredita ou não aceita as explicações, mas elas existem! Evidentemente, não surgem novas famílias e classes repentinamente, mesmo porque ordens, classes, filos e etc, são apenas nomenclaturas que nós usamos para classificar as espécies.

Posteriormente, proporei uma ilustração de processo evolutivo de maior magnetude.

XR:Se todas as espécies animais de todo o mundo de hoje existiam juntas no Velho Mundo, e se não houve evolução, então elas eram exatamente como agora. Sendo assim o Velho Mundo teria uma enorme variabilidade de climas, com desertos, florestas tropicais, ambientes gelados, pântanos, cavernas, lagos e etc. Por que não há nenhuma evidência de que tais ambientes existiram? Por que a Bíblia não menciona absolutamente nada sobre eles?

Por que a Bíblia deveria mencionar tudo que existia no Velho Mundo?

Não sei! Mas a Gênese cita todas as categorias de criaturas conhecidas pelos antigos hebreus, se ela possui esse nível de omissão, não poderia ter omitido uma ou outra informação que relativizaria a Universalidade do Dilúvio?

FRANK:Como já explicado anteriormente, a maioria dos criacionistas aceita o surgimento de novas espécies e "evolução" dentro de certos limites. O que os criacionistas não aceitam de forma alguma é o aumento da complexidade dos seres vivos, pois não há nenhuma evidência científica de que isso possa realmente acontecer.
XR:Então, admitem que a Evolução existe dentro de certos "limites", os evolucionistas dizem a mesma coisa, só que põem limites diferentes. Não é bem o local para discutirmos o aumento da complexidade dos seres vivos, mas de qualquer modo tal admissão é razoável. Como os próprios Criacionistas do INSTITUTE for CREATION RESEARCH admitem, haveria na Arca um casal de animais "felinos", que poderiam dar origem aos tigres, leões, onças e etc.

Isso poderia ter acontecido, mas poderiam ter havido na arca tigres, leões e onças.

XR:Além de todos os problemas de dispersão já citados anteriormente, tente imaginar como seria possível manter um único casal de felinos deste tipo. Para que sobrevivessem, teriam que se alimentar de pelo menos um outro casal de grandes herbívoros a cada 5 dias. Como a Arca permaneceu navegando por 150 dias (Gn 7:24) eles teriam então devorado 30 casais de espécies do tipo Antípoles ou Gnus, sem contar o tempo que levaram para sobreviver fora da Arca após as águas baixarem. Em menos de um ano, o que não é suficiente para um destes herbívoros chegar a idade adulta, um único casal de felinos e seus filhotes teriam consumido pelo menos 70 casais tipo herbívoros. Convido o leitor a fazer alguns cálculos e concluir quantos casais de herbívoros haviam na arca para um único casal de carnívoros, isto é, lobos, ursos, hienas e etc.

Certamente isso não teria sido possível. Além disso, Noé e sua família não teriam tido tempo para alimentar e fazer o saneamento de todos estes animais. Por isso, os criacionistas acreditam que os animais devem ter sofrido algum tipo de hibernação durante o período em que ficaram na arca. A hibernação é um processo natural que acontece com muitos animais que vivem em lugares frios, durante o inverno. Porém, a hibernação que aconteceu na arca deve ter sido promovida por causas sobrenaturais.

Sem dúvida. O Criacionismo é incapaz de explicar o que quer que seja sem apelar para causas sobrenaturais ou distorções do próprio evolucionismo.

E mesmo aceitando essa hipótese, ela não se livra do problema de como os carnívoros teriam sobrevivido uma vez fora da arca. Apenas 3 casais, um de felinos, um de caninos e um de ursídeos e seus filhotes necessitariam de manadas inteiras para poderem sobreviver e se desenvolver. Essas manadas teriam que estar na arca. Além disso temos os carnívoros aéreos, como águias, corujas, e os saprófitas, como abutres e condores. Já pensou também no quanto de pasto seria necessário para manter as manadas? E os elefantes, rinocerontes, nas frutas para os macacos? Tudo isso já fora da arca, depois do dilúvio. A arca teria que ter levado estoques incomensuráveis para que esses animais pudessem viver após desembarcar, ou será que a vegetação cresceu rapidamente... Mais uma vez, por milagre?

Já perdi a conta de quantos milagres extra bíblicos seriam necessários para levar essa fantasia a sério.

XR:Fora isso, conte mais ou menos o número de espécies felinas que possuímos hoje, e veja segundo esse raciocínio, a velocidade com que conseguiram se "especiar", ou seja, como de uma espécie poderia surgir uma nova, tal como dos Tigres surgirem os Tigres Brancos.

Para se originar indivíduos albinos (tigre branco) a partir de indivíduos normais, é necessário apenas a mutação de um único par de genes! O albinismo humano é igual ao dos animais. De um casal normal, em que ambos são portadores do alelo para albinismo, podem nascer filhos albinos. Mudança rápida, não é?

É! De fato. E de onças pintadas para pretas e vice-versa? De felinos sem juba para leões? Linces, gatos, gatos do mato, sucuaranas, jaguatiricas e etc?

Se tudo isso foi possível tão rápido, menos de 4 mil anos, porque não temos ao menos uma espécie nova surgindo ao menos a cada década?

XR:O tempo disponível segundo o Criacionismo em questão é de menos de 5 mil anos, mas como na própria Bíblia, há dois mil anos, já há referência a felinos como Leões, pensemos em apenas 3 mil anos.
Se a especiação fosse possível a essa velocidade, qualquer família de criadores ao longo do menos de um século poderia notar diferenças consideráveis em suas criações. Nenhum experiência científica sugere que isso seja possível.

Veja o exemplo dos cães citado acima.

Errado! Os cães continuam sendo uma mesma espécie, diferente de onças e jaguatiricas.

XR:Segundo os Evolucionistas, que desenvolveram o conceito de especiação, o tempo mínimo para um espécie dar origem a outra mediante condições severas de isolamento geográfico, deriva genética e seleção natural, é 100 mil anos.

Eu citei acima vários exemplos de casos de especiação muito mais rápidos, todos demonstrados cientificamente por evolucionistas pontuístas.

Ah sim! Os exemplos citados por James Gibson, por sua vez citando fontes de pesquisa de cientistas de verdade que não por acaso, são TODOS evolucionistas.

Bem, esses exemplos citam variações pequenas. Nada comparável por exemplo a um lobo-guará evoluir de um lobo cinzento.

XR:Mas o ponto onde quero chegar é o notável beco sem saída em que os Criacionistas se colocam. Eles afirmam não ser possível haver um aumento de complexidade ao longo de milhões ou bilhões de anos, no entanto, acham possível que um casal de felinos dê origem a leões, tigres, suçuaranas, jaguares e etc, em menos de 3 mil!
FRANK:Como já mencionado na questão anterior, os criacionistas acreditam em um clima ameno antes do dilúvio, provavelmente sem desertos ou regiões geladas. Florestas tropicais, pântanos, cavernas e lagos podem ter existido. A Bíblia menciona apresenta um relato bastante resumido da criação e do dilúvio e pouco menciona sobre como eram os ambientes criados.
XR:Sendo assim, as evidências sobre tais ambientes deveriam vir da Geologia. No entanto os geólogos não encontraram tais evidências, e os únicos que afirmariam que elas existem seriam os Criacionistas, pois a posição da IMENSA maioria da comunidade científica é evolucionista, 99,99% no mínimo. Se não existem tais evidências, só resta a especulação, para satisfazer a Revelação Bíblica.

Mais uma vez, gostaria de saber de onde veio o seu cálculo de que 99,99 % dos cientistas são evolucionistas.

Estudo na Universidade de Brasília, conheço vários professores ligados a pesquisa, bem como vários alunos, e tenho cientistas na família. Nem por intermédio deles sequer ouvir falar de nenhum criacionista, aliás a maioria esmagadora deles fica surpresa ao saber que estes tais criacionistas "científicos" existem.

Além disso dê uma navegadinha na WEB por sites de ciência e veja os links para páginas de pesquisadores, assim como basta apenas observar que os próprios criacionistas não citam absolutamente nenhum caso de uma pesquisa importante ou um cientistas de renome que não seja evolucionista, e para terminar, nem na mídia, nem em livros de biologia, nem enciclopédias, não se ouve falar em absoluto em criacionistas.

Desafio qualquer um a me citar ao menos um cientista de renome, quer seja ganhador de um prêmio ou que tenha publicado um livro de repercussão ou alguma pesquisa famosa, que seja criacionista.

XR:E isso resume a "Ciência" Criacionista.

Particularmente eu não gosto muito do termo ciência criacionista ou criacionismo científico. A teoria da evolução é baseada na filosofia do naturalismo e não considera qualquer hipótese que envolva a intervenção divina na história do universo. O naturalismo passou a fazer parte da ciência atual. Assim, a ciência tenta explicar todos os fenômenos com base em processos naturais. Como o criacionismo aceita a presença do sobrenatural, ele não poderia ser denominado "científico", de acordo com a definição da ciência moderna.

CLAP! CLAP! CLAP! CLAP! CLAP! CLAP! CLAP! CLAP! (palmas)

Meus parabéns! Demonstra profunda sensatez com relação ao Criacionismo. É exatamente isso que venho tentando demonstrar desde o primeiro momento em que, há mais de dois anos, coloquei meu site no ar.

Dê uma olhada na minha página principal de Evolução X Criação e você verá isto. Aliás na versão antiga da página, para os que se lembram, havia antes mesmo do título, logo no topo, a citação: "Esta página não tem por objetivo atacar o Cristianismo ou a Bíblia, mas sim demonstrar, da maneira mais clara e simples possível, que o Criacionismo não pode ser verdadeiramente Científico."

Portanto, já estou plenamente satisfeito com este debate, pois tudo o que eu queria era extrair essa confissão, de que não existe Criacionismo Científico!

E nem poderia haver. O naturalismo não apenas faz parte da Ciência, ele É A BASE DA CIÊNCIA! O Ceticismo, Materialismo, Racionalismo e Empirismo, e em especial a Navalha de Occam, são totalmente indispensáveis para a Ciência que possuímos. Não há lugar para milagres, sobrenatural, deuses ou livros religiosos.

Portanto neste sentido, minha afirmação fundamental, que deu origem a todo este debate, esté demonstrada. O Criacionismo não pode explicar científicamente fatos simples na natureza, como as perguntas citadas.

XR:E não são só os animais grandes!
Como trouxeram Milhões de espécies de insetos e aracnídeos terrestres exclusivos da Amazônia? Sem os quais inclusive o ecossistema da floresta não se manteria?

FRANK:Essa pergunta já foi respondida anteriormente. Várias perguntas são repetitivas!
XR:Porque você decidiu expor a pergunta novamente! Poderia responder apenas as perguntas em CAIXA ALTA no começo do texto QUESTÕES SIMPLES pois as demais são apenas uma formulação diferenciada.
Mas voltando a questão, ela não foi satisfatoriamente respondida. A idéia das jangadas naturais, como eu já disse antes, além de insatisfatória devido a questões de variação de temperatura e pressão, ainda por cima é anti-bíblica. Não serve como resposta Criacionista.

XR:Quando os descendentes de Noé se alastraram pelo mundo, já encontraram florestas prontas? Se sim como elas sobreviveram ao Dilúvio? Já deveria haver animais principalmente artrópodes, vitais para a existência do ecossistema, então o Dilúvio não foi Universal. Se não existiam as florestas, por que os descendentes de Noé migrariam para desertos, e como implantaram os ecossistemas?
FRANK:Os ecossistemas não foram implantados pelos descendentes de Noé. As plantas simplesmente brotaram após o dilúvio, em diferentes regiões para onde foram levadas. Invertebrados e ovos de artrópodes podem ter sido dispersados por correntes oceânicas e os animais migraram para várias localidades diferentes.
XR:Essa resposta também é uma mera reformulação das respostas anteriores, que devido a problemas como a impossibilidade de brotos ou sementes de inúmeras espécies sobreviverem na água, ou o fato de os vegetais dependerem em grande parte dos insetos, além do, insisto, problema de variação de pressão de, na melhor das hipóteses 4 kms de altitude, é muito pouco satisfatória.

Como já mencionado anteriormente, as águas do dilúvio não chegaram a 4 Km de altura.

E como já comentado anteriormente nos leva de volta a alegação criacionista de que as montanhas antes do dilúvio eram bem menores que as de hoje, e cresceram milagrosamente kms de altura em poucos milhares de anos.

XR: Apesar disso, como eu já disse antes, e apesar de contradizer a revelação que inspira os próprios criacionistas, eu considerei parte das resposta devido a idéia das jangadas naturais. Até agora é a única questão que recebeu uma resposta minimamente razoável.
XR:E os fungos e bactérias que não poderiam sobreviver ao Dilúvio? Será que a Arca de Noé também possuía reservatório para "casais" de fungos, bactérias e vírus?
FRANK:Fungos e bactérias poderam ser preservados sem problema algum dentro da água, em cima de plantas e em porções de terra úmida. Muitos fungos e bactérias produzem esporos que são extremamente resistentes a condições desvantajosas. Muitos fungos e bactérias podem também ter sobrevivido dentro da arca, na superfície de plantas e na pele e no interior dos animais e pessoas que estavam dentro da arca.
XR:Quanto aos que estariam dentro da arca, não poderiam ter chegado até os extremos da Terra como Oceania ou América, portanto, somente os que tivessem sobrevivido em jangadas naturais teriam alguma chance. Vá a um jardim e experimente submergir alguns cogumelos por alguns dias. Vejam quais sobrevivem. Tente também água salgada ou condições de pressão aquática equivalente a uma camada de cerca de 4 mil metros de água, sem luz por 150 dias.

Poderiam, sim, levados pelos animais que chegaram até lá.

XR: Quanto a bactérias, sinto muito, muitas delas não sobrevivem na água. Essa afirmação seria a única que talvez exigisse uma opinião científica mais acurada, mas se pensarmos que algumas bactérias não sobrevivem sequer a uma lavada de mãos, acho muito difícil que elas sobrevivessem na água por tanto tempo.

Mais uma vez, vejo que você não conhece muito sobre microrganismos. Existem bactérias e fungos que sobrevivem a condições extremamente inóspitas. Por exemplo, em temperaturas extremamente elevadas e extremamente baixas. Você já reparou que o bolor das laranjas (um tipo de fungo) cresce dentro da geladeira, a 4 graus C? Existem bactérias que vivem em fontes termais a quase 100 graus C. Outras sobrevivem em águas geladas. Muitas bactérias do solo produzem os esporos, que são formas extremamente resistentes a quaisquer condições extremas. Os esporos de fungos (formas reprodutivas) também são muito resistentes. Quanto às bactérias que não sobrevivem nem a uma lavada de mãos, elas foram muito bem preservadas na pele e dentro dos corpos dos humanos e animais que estavam na arca.

XR: Na verdade, devido a admissão de conceitos evolucionistas, a questão sobre as bactérias perde o sentido.

Por que?

Porque voltando a insistir nisso, eu queria ver respostas CRIACIONISTAS sobre tais perguntas, que evidentemente não vieram. Todas as respostas que fazem algum sentido foram evolucionistas, as demais são apenas especulações sobrenaturais.

XR:E os animais de água doce?
FRANK:Essa pergunta já foi respondida acima
XR:Como?! Já foi respondida?! De uma olhadinha lá em cima!
XR:Como sobreviveram os animais de água doce? Ou as águas do Dilúvio eram doces? Se sim como sobreviveram os de água salgada? Se era um meio termo, como se explica, sem evolução, animais que não sobrevivem nesse meio termo?
FRANK:Essa pergunta também já foi respondida acima.
XR:Sobre a água doce sim, já foi "não-respondida", e sobre a água salgada eu mesmo já comentei possíveis respostas logo acima. Nenhuma delas aceitável.
XR:E as etnias?
FRANK:Esta pergunta também já foi respondida acima
XR:Ou melhor, tentou-se respondê-la.
XR:Na Teologia Bíblica, tanto os nativos das Américas quanto os Africanos e Asiáticos são descendentes do tronco de Can, ou Cão, o filho mais novo de Noé. Qual seria a aparência de Cão? Com certeza não deveria ser radicalmente diferente de seus irmãos e pais ou a Bíblia omitiria algo tão notável? Se dele descenderam Negros, Asiáticos e Ameríndios como é possível que estes tenham assumido características étnicas tão distintas em tão pouco tempo?
FRANK:Esta pergunta também já foi respondida acima.
XR:Não foi! Além disso confira as contra respostas prévias na página de QUESTÕES SIMPLES
XR:Vejamos por exemplo o caso do negros. Se Cão era de pele clara, qual seria o motivo que levou seus descendentes africanos a ficarem com a pele escura?
FRANK:De onde você tirou a idéia de que os negros são descendentes de Cão? A Bíblia nada nos diz em relação a isso.
XR:Retirei da Teologia Bíblica para ser exato. Mas mesmo que não fosse, seria de Sem ou Jafé, o que não faria diferença. Mas se não foi nem isso, de onde eles teriam vindo então?!

Gostaria de saber que Teologia Bíblica é esta à qual você se refere. A Bíblia não cita que índios, africanos e asiáticos se originaram de Cão.

Esse tem sido o ponto de vista teológico vigente atual, que pode ser verificado tanto em escolas de teologia como em textos na WEB, e até por um motivo simples, como citei acima. De onde eles teriam vindo?!

Não acredito que havia diferenças muito grandes entre Sem, Cão e Jafé. Afinal, eles eram irmãos e os irmãos compartilham em média 50% de seus genes. A diferença poderia ser muito melhor explicada pelas esposas dos filhos de Noé. Elas poderiam ser bastante diferentes entre si. Assim, entre os netos de Noé já poderia haver uma certa diferença. Mas certamente essas diferenças se acentuaram muito mais após o isolamento geográfico que ocorreu depois do dilúvio.

Você mesmo admite agora que não já como escapar do problema, as etnias só podem ter se originado dos descendentes de Noé, ou das esposas destes. Há duas problemas nesta última colocação.

O primeiro é que se em cerca de 3 mil anos já é praticamente impossível que as etnias tenham se diversificado tanto, pior ainda em cerca de 600, o período pré-diluviano. O segundo é que apesar de ele acrescentar uma vantagem de tempo na diferenciação étnica, por já incluir um etnia específica desde o primeiro casal tronco, ainda assim permanece insuficiente para explicar tamanha diversidade em tão pouco tempo.

XR: Se um casal de nórdicos passar toda a vida em fortes exposições solares com certeza por volta dos 30 anos terá a pele bem escurecida, mas mesmo após isso um descendente deles não nascerá com a pele perceptivelmente mais escura. A única explicação seria Mutação e Seleção Natural, porém em pouquíssimo tempo.
FRANK: A seleção natural e a mutação não são as únicas explicações. Embora estes dois fatores também possam ter atuado, provavelmente o fator mais importante deve ter sido o isolamento geográfico. Populações que foram para a África, por exemplo, ficaram totalmente isoladas das populações européias. Logicamente não houve troca de genes entre elas, devido ao isolamento reprodutivo, e isso favoreceu a especiação. Além disso, os criacionistas acreditam que todos os seres foram criados com uma grande capacidade de adaptação e, provavelmente, uma grande variabilidade genética (heterozigose em muitos genes) o que facilitaria as mudanças. O tempo, como já discutido acima, não é um problema.
XR: Esqueci de acrescentar a Variação Genética na pergunta, mas se ela, a Mutação e a Seleção não são as únicas explicações, eu gostaria de conhecer as outras. O isolamento geográfico é apenas uma forma de permitir a atuação incisiva da deriva genética e seleção natural, que agem exatamente como você explicou.
Agora quanto ao tempo não ser problema, vejamos mais adiante.

XR: Se houve gradativa transformação étnica, por que ela ocorreu? Seria para adaptar os Negros à grande incidência solar da África? Negros são mais resistentes a Câncer de Pele. Seria adaptação?
FRANK: Sim, poderia ter sido um dos motivos.
XR: Como se pôde notar ao longo de todo esse texto, sem Evolução não há Solução!

Sim, no caso a que estamos nos referindo, a Microevolução.

Já é alguma coisa. Como se pode ver tudo o que faz sentido no Criacionismo é Evolucionismo, ainda que micro, o restante são milagres e suposições.

XR: Se foi esse o caso, transformações adaptativas em tão pouco tempo, usemos um raciocínio:
De acordo com a cronologia bíblica essa diferenciação de etnias teve no máximo uns 3000 anos para ocorrer. O que é extremamente rápido em termos biológicos. Nessa proporção deveria ser notável alguma variação recente em etnias que se distanciam de seus locais de origem mesmo que não sofressem miscigenação.

FRANK: Corrigindo: o dilúvio deve ter acontecido há, aproximadamente, 4000 anos atrás, de acordo com a cronologia bíblica. Esse tempo é mais do que suficiente para ter ocorrido até especiação (o que não é o caso das raças humanas), de acordo com os exemplos citados acima.
Tudo bem, mas acontece que já existem pessoas negras há milhares de anos, portanto o tempo de ação da adaptação para que descendentes de Noé ficassem escuros, ou com olhos orientais, seria na realidade no máximo de uns 2.500 anos!
XR: Porém há arianos habitando a África do Sul há cerca de 300 anos e não há nenhum indício de escurecimento de pele em seus descendentes não mestiços.
Há negros habitando a América do Norte há quase 300 anos e não há nenhum indício de clareamento de pele em seus descendentes não mestiços.

FRANK: Exemplos modernos não correspondem ao que pode ter acontecido após o dilúvio. Naquela época aconteceu um completo isolamento geográfico dos povos, que é exatamente o oposto do que está acontecendo atualmente: miscigenação entre as raças.
XR: Sem escapismo por favor. Tudo bem que os Criacionistas inventem milagres para explicar tudo, mas se você afirmar que os seres humanos eram biologicamente diferentes na época da Torre de Babel por exemplo, aí você foge de uma vez por todas de qualquer possibilidade de argumentação científica. O comentário sobre miscigenação é errôneo. Há milhões de linhagens hoje em dia que continuam não se misturando. Principalmente em países como os E.U.A. onde a segregação racial é fortíssima.

Não estou argumentando que os seres humanos eram diferentes naquela época. Porém, as condições ambientais após o dilúvio podem ter sido instáveis e bastante diferentes das atuais. Os processos de mudança poderiam ter sido muito mais rápidos.

Poderiam?

Como você tem coragem de dizer que nos EUA não aconteceu miscigenação entre brancos e negros? E entre brancos e índios? Isso é um absurdo.

...
?!?!
Por favor...
Deixe-me repetir a frase:
"Há milhões de linhagens hoje em dia que continuam não se misturando. Principalmente em países como os E.U.A. onde a segregação racial é fortíssima."

Preste mais atenção por favor.

FRANK: 300 anos é um período bastante curto para se notar diferenças como as que você citou acima. Além disso, desconheço qualquer trabalho científico, feito nos últimos 300 anos, que comprove que não estão ocorrendo mudanças entre esses povos.
XR: Se de um judeu branco pode se originar um negro em 3.000 anos, creio que um décimo disso seria suficiente para se notar uma mudança de 10%. Isso sem levar em conta grupos étnicos que se isolaram em condições climáticas alheias há períodos maiores.
Quanto a segunda frase, não me decepcione. Essa é falácia do "Se ninguém provou que Mulas sem Cabeças não existem então elas devem existir."

XR: Se todos os animais terrestres que existem hoje estavam presentes na Arca de Noé, como foram para as ilhas isoladas?
FRANK: Da mesma maneira como os evolucionistas explicam: as aves voando e os animais terrestres provavelmente em jangadas naturais.
XR: Não é assim que os evolucionistas explicam, seria mais da forma a seguir.
FRANK: Como já explicado acima, não é difícil explicar o povoamente das ilhas continentais: como elas estão próximas aos continentes, podem ter estado ligadas a eles no passado, o que permitiria a migração dos animais.
XR: Exatamente, só que em períodos de tempo de milhões de anos.
FRANK: Já as ilhas oceânicas apresentam um problema mais difícil para o povoamento, pois estão distantes de qualquer continente. E nenhum evolucionista acredita que os animais e plantas que povoam estas ilhas surgiram lá. Eles são descendentes de animais que conseguiram alcançar estas ilhas de diferentes maneiras.
XR: Na verdade são, em sua maioria, descendentes de animais que ficaram presos nas ilhas quando elas se separaram do continente maior, HÁ MILHÕES DE ANOS!

Mais uma vez, você está desinformado sobre este assunto. Apenas as ilhas continentais estiveram ligadas a continentes no passado. A maioria das ilhas oceânicas têm origem vulcânica, ou seja, nunca estiveram ligadas a continentes. O Havaí é formado por ilhas desse tipo. Portanto, os animais que vivem nelas só podem ter chegado a elas voando, nadando ou em jangadas naturais. Para maiores detalhes, consulte:

MOODY, P. A. Introdução à evolução. Rio de Janeiro, Editora Universidade de Brasília, 1975. Cap. 14.

Mais uma vez deixe-me repetir uma frase:
"Na verdade são, em sua maioria, descendentes de animais que ficaram presos nas ilhas quando elas se separaram do continente maior, HÁ MILHÕES DE ANOS!"

E o "EM SUA MAIORIA" foi apenas para enfatizar que não foram todos, pode ser mesmo a minoria.

FRANK: Os animais e plantas que chegaram até estas ilhas podem ter sofrido diversificação e originado novas espécies. Por exemplo, as várias espécies de tentilhões que habitam as ilhas Galápagos podem ter se diferenciado a partir de uma ou mais espécies que chegaram nas ilhas primeiro (todas estas espécies pertencem a uma mesma família e são bastante parecidas).
XR: Exatamente! Você está me saindo um bom Evolucionista. Já esta citando até Darwin!
XR: Por que os descendentes de Noé se dariam ao trabalho de transportar de navio, milhares de espécies que hoje só existem por exemplo das Ilhas Galápagos? E como implementaram a fauna?
FRANK: Como já citado anteriormente, estes animais podem ter migrado sem auxílio humano. Não acredito que os descendentes de Noé fizeram o transporte destes animais, muito menos de navio.
XR: Como já abordamos antes, através de um epopéico Êxodo migratório, de Cangurus, Diabos da Tasmânia e Ornitorrincos por exemplo. Sem direito a um profeta guia ou revelações no Monte Sinai.
XR: E não são só ilhas. Mas há também um continente inteiro em questão, a Antártida. Que jamais possuiu qualquer ocupação humana até a Era Contemporânea. Como os pinguins, que não nadam grandes distâncias em águas quentes, foram até lá?
E quanto a fauna do Ártico? Ursos polares, raposas e gaviões de clima frio. Existiriam há menos de 3.000 anos no berço da civilização? Sob que clima? Ou se adaptaram ao novo ambiente após chegar lá?

FRANK: Como já citado anteriormente, a maioria dos criacionistas acredita que o clima era bastante ameno antes do dilúvio. Portanto, não existiam ursos polares e outros animais adaptados ao frio. Estas espécies devem ter surgido após o dilúvio, por diferenciação de outras espécies semelhantes (por exemplo, ursos pardos são muito semelhantes aos ursos polares e pertencem a uma mesma família)
XR: A "Maioria" dos Criacionistas?! Não existe consenso sobre algo tão essencial para a compreensão da questão? No evolucionismo costuma haver divergências nas prioridades dos fatores que influenciam a Seleção Natural ou a Variação Genética, mas há consenso total com relação a Idade da Terra, A Pangéia, as Eras Glaciais e etc.
Os Criacionistas não tem consenso nem quanto a isto?! Entendo porque. A Bíblia nada diz a respeito não?

Os evolucionistas também não têm consenso em relação a vários pontos de suas teorias! Veja, por exemplo, o livro citado abaixo, " A Caixa Preta de Darwin". E o pior é que alguns evolucionistas ainda são bastante desinformados em relação à teoria em que crêem.

Lanço o DESAFIO, para você ou qualquer um, de um exemplo de tópico na teoria evolucionista atual que apresente divergências tão grandes quanto está, ou a da Idade da Terra ou da simples universalidade do Dilúvio.

Qualquer divergência entre os evolucionistas não consegue afetar os pressupostos fundamentais e nem mesmo os secundários da teoria. São detalhes.

Além disso Michel Behe não representa uma corrente significativa dentro da comunidade científica a ponto de constituir uma divergência que ponha em risco a Evolução, ou se preferir a Macro Evolução em si.

XR: E voltando ao pequenos animais.
Haveria na Arca de Noé uma seção destinada aos insetos? Com milhões de reservatórios rigidamente discriminados abrigando todo o conteúdo necessário a sobrevivência das mais peculiares espécies algumas das quais microscópicas e indistinguíveis visualmente? Os passageiros da Arca teriam tão avançado conhecimento de Biologia a ponto de realizarem tão rigorosa seleção, manutenção e transporte para depois depositarem as espécies em locais específicos do planeta? Inclusive nas profundezas de cavernas recém descobertas onde não há qualquer indício de incursão anterior humana.? Por quê tão valioso conhecimento se perdeu?
Se os insetos ao invés de terem sido volutariamente trazidos, tivessem apenas infestado a arca, imaginemos milhões de espécies artropóides, inclusive as que não sobreviveram até a atualidade, convivendo com os demais animais e 8 humanos, por 40 dias 8 humanos, por 40 dias.

FRANK: Estas perguntas também já foram respondidas.
XR: Correção, convivendo por mais de 200 dias na Arca. (Gn 8:4) E não! Essas perguntas não receberam respostas satisfatórias. Tudo pode ser resumido nas questões em CAIXA ALTA no início do texto, que basicamente são:
1) COMO OS ANIMAIS ESPECÍFICOS DE CADA REGIÃO FORAM CHEGAR ATÉ LÁ?
Cuja a resposta foi um honesto "Não sabemos" seguido de especulações sobrenaturais.
2) COMO AS MILHÕES DE ESPÉCIES VEGETAIS DE CADA REGIÃO DO MUNDO SOBREVIVERAM AO DILÚVIO?
3) COMO AS MILHÕES DE ESPÉCIES DE ARTRÓPODOS SOBREVIVERAM?
Cujo único argumento aproveitável foi o das jangadas naturais, ainda que anti-bíblico e insuficiente para justificar a sobrevivência de todas as espécies que não resistiriam a variações de pressão e temperatura tão drásticas, bem como as que não suportariam 40 dias debaixo de chuva ou mesmo 150 dias submersas a profundidades de milhares de kms.
4) COMO SOBREVIVERAM OS ANIMAIS AQUÁTICOS DE ÁGUA DOCE?(E/ou de água Salgada)
Que não foi respondido. Como pode-se conferir acima.
5) COMO SE DESENVOLVERAM AS DIVERSAS ETNIAS HUMANAS EM TÃO POUCO TEMPO?
Que recebeu uma resposta que é largamente contradita pelas evidências atuais.
Lembrando que essas perguntas foram direcionadas ao CRIACIONISMO "CIENTÍFICO" de TERRA JOVEM e DILÚVIO UNIVERSAL. Que tem sido o mais expressivo mediante as eminentes figuras de Henry Morris, John Withcomb (ambos citados por Frank), Duane T. Gish, Thomas G. Barnes e outros, todos PHDs.
Diferente de TODOS os sites Criacionistas que conheço, aqui eu cito os links para o ponto de vista adversário, que no caso pode ser encontrado em:
WWW.CREATIONRESEARCH.ORG
WWW.ICR.ORG
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA PESQUISA DA CRIAÇÃO
SOCIEDADE CRIACIONISTA BRASILEIRA
SOCIEDADE ORIGEM E DESTINO
E outros que podem ser encontrados na página EVOLUÇÃO ou CRIAÇÃO, nos quais todos os brasileiros inclusive receberam e-mails de minha autoria com estas questões.
Ninguém Respondeu.
Portanto, com benevolência, considerei o argumento das jangadas naturais, e então a Criacionismo de Terra Jovem obteve 4%, digamos 5, de desempenho nestas questões. Desnecessário dizer qual seria o resultado se isso fosse um prova de Segundo Grau.

Marcus, a vida criada por Deus é tão complexa que é difícil não citarmos alguns desses belos exemplos de complexidade, como os citados acima. É lógico que os evolucionistas não gostam desses exemplos, porque não podem ser explicados pela sua teoria.

Sim. A vida é espetacularmente complexa e intrigante, misteriosa e desafiadora, e qualquer um que assista ao Discovery Channel ou qualquer outro programa de biologia popular sabe disso.

Há centenas de cientistas pesquisando e mostrando esses exemplos espetaculares de complexidade, que podemos ver a qualquer momento se tivermos TV por assinatura. Jamais vi um só Criacionista nestes mesmos programas.

Além disso, TODAS as pesquisas, experiências e dados em geral citados pelos Criacionistas foram feitas e divulgadas por evolucionistas. Não sei de onde se pode tirar que há exemplos de complexidade que os evolucionistas não gostam de citar por por em risco "sua" teoria.

Aqui encerro meus comentários sobre as respostas da Dr. Márcia, e na PRÓXIMA PÁGINA abordarei o tema da Ilustração de processo evolutivo, com os devidos comentários da doutora, meus contra comentários e novos exemplos.



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